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Dia das Crianças: especialista dá dicas para compra segura na internet

Considerada uma das datas de maior movimento para o comércio, o Dia das Crianças, celebrado no país nesta segunda-feira, 12 de outubro, aumenta a procura por compras na internet, como brinquedos e outros produtos voltados ao público infantil. Passada a data, muitas vezes os preços ficam mais acessíveis, exigindo atenção para que não se caia em golpe.

Em todo o período, os pais devem redobrar a atenção no uso da internet para compras online. Muitas vezes, atraídos por ofertas que parecem imperdíveis, os usuários da rede acabam caindo numa prática chamada phishing, que representa 90% dos golpes na internet, em que os dados pessoais e financeiros das pessoas são roubados, principalmente a partir falsos e e-mails e páginas da internet que simulam sites de compras.

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Um relatório da APWG – consórcio internacional que reúne empresas afetadas por ataques de phishing  – mostra que de janeiro a junho deste ano, um total de 312.766 sites falsos na internet (phishing webs) foram detectados.

No Brasil, no segundo trimestre do ano, entre abril e junho, mais de 9,5 mil ataques de phishing foram reportados. Um outro balanço, elaborado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), mostrou que entre março e junho, houve um aumento de 70% na tentativa de golpes envolvendo instituições financeiras.   

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Aparência das páginas

Para não entrar nas estatísticas de internautas que foram vítimas de golpes, o  gerente de Segurança da Certisign, Oscar Zuccarelli, ressalta a importância de se observar atentamente a aparência do site antes de inserir qualquer informação.

“Em muitos casos, os criminosos virtuais criam páginas idênticas aos e-commerces ‘originais’. Por isso, é muito importante que o consumidor preste atenção aos pequenos detalhes da página, como erros ortográficos, a identidade visual do site e a própria URL. Uma letra trocada ou uma fonte ligeiramente diferente podem ser indícios de fraude”, explica.

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Dispositivos de segurança

Outro ponto fundamental a ser observado pelo consumidor na internet, que quase nunca fica atento, diz respeito aos dispositivos de segurança dos próprios sites. Um deles é verificar a presença do Certificado Digital SSL (Secure Socket Layer), que faz a criptografia (comunicação segura) das informações trafegadas no site. O indicativo desse certificado dos indícios é a letra “S” depois da sigla HTTP na barra de endereços, além de um cadeado fechado no canto esquerdo do navegador. 

“Primeiro, é preciso olhar para a barra do navegador e ver se aquele link é de fato daquela empresa que você está procurando.  Depois, olhar se tem o cadeado com o certificado digital. Se você está acessando um site onde você não tem um cadeado, que é o S do HTTP, ele tá dizendo que a comunicação entre o seu dispositivo e aquela empresa não está criptografado. E trafegar por um site sem que seus dados estejam criptografados é um risco grande, você compromete a sua segurança na rede”, afirma o executivo.

Além de observar a certificação digital, o cliente pode clicar no cadeado na barra de endereços de seu navegador web e verificar qual é o domínio protegido. “É comum que os fraudadores coloquem um Certificado SSL na página, mas referente outro domínio, que não é o da mesma empresa, por isso é importante checar, porque nem sempre só conferir a presença do cadeado ou do selo de segurança é o suficiente”, aponta.

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Ofertas por e-mail e redes sociais

Além dos sites de e-commerce (venda online), os ataques via e-mail e, mais recentemente, por meio das redes socais, também são comuns. O consumidor deve desconfiar de ofertas muito atraentes, que chegam por e-mail ou até mesmo por aplicativos como o WhatsApp.

“Antes de clicar nos links inseridos no e-mail, verifique na própria loja virtual de onde teria partido essa oferta e, consequentemente, se a promoção é verdadeira”, afirma Zuccarelli. Sempre que o consumidor receber uma mensagem suspeita, o ideal é apaga-la da caixa de e-mail sem nem abrir. No caso das redes sociais, a tentativa pode ser atrair a atenção do consumidor com ofertas que parecem muito personalizadas. 

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“A gente tá recebendo diariamente contatos de pessoas que não conheço, via WhatsApp, colocando uma situação para que a pessoa se interesse clicar num determinado naquele link. A ideia é fazer um contato e as pessoas acabem clicando. Quando a gente está falando em rede social, o fraudador está cada vez mais observando o seu comportamento, olhando o que você curte, os seus interesses, para fazer um ataque direcionado”, aponta o especialista. 

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Naiara Silveira

Jornalista formada pela Universidade de Santa Cruz do Sul em 2019, atuo no Portal Gaz desde 2016, tendo passado pelos cargos de estagiária, repórter e, mais recentemente, editora multimídia. Pós-graduada em Produção de Conteúdo e Análise de Mídias Digitais, tenho afinidade com criação de conteúdo para redes sociais, planejamento digital e copywriting. Além disso, tive a oportunidade de desenvolver habilidades nas mais diversas áreas ao longo da carreira, como produção de textos variados, locução, apresentação em vídeo (ao vivo e gravado), edição de imagens e vídeos, produção (bastidores), entre outras.

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Naiara Silveira

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