O neologismo é pouco conhecido, mas a maioria das pessoas certamente sabe do que se trata. “Dezembrite” é a síndrome de fim de ano. No último mês do ano, as pessoas estão cheias de coisas por fazer: programar as festas do Natal e do Ano Novo; comprar presentes; encarar lojas, shoppings, supermercados, calçadas e ruas lotadas; participar de festinhas de confraternização; finalizar as pendências no trabalho, fazer planejamento para o ano que vem; e por aí vai. Com pouco tempo para dar conta de tudo isso, o estresse, a ansiedade e a irritabilidade se manifestam e podem comprometer a saúde, tanto física quanto mental. A pressão para terminar tudo até o fim do ano pode piorar doenças crônicas, como problemas no coração, cérebro e estômago, além da insônia.
A ideia de que o fim do ano deve ser o encerramento de um ciclo para o início de outro, e a sensação de ter pendências e resoluções não realizadas, podem minar a moral, levando a sentimentos depressivos, angústia e tristeza. Antes de mais nada, então, é recomendável organizar uma relação por escrito de atividades e compromissos para cada dia e dar atenção especial a quatro grupos principais:
Embora com restrições, devido à pandemia da Covid-19, reunir familiares e amigos em volta de mesas repletas de comidas e bebidas variadas são o cenário das festas de fim de ano. Mas, mesmo nesses momentos, é preciso ter alguns cuidados para não comprometer dietas e exercícios físicos realizados durante o ano. Ou evitar a simples indisposição no dia seguinte. A nutricionista Regina Stikan Carrijo, coordenadora de Nutrição do Hospital Santa Catarina, de São Paulo, listou recomendações para aproveitar as festas sem comprometer a saúde:
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Outro item que merece especial atenção, principalmente neste tempo de muitas despesas, é o cartão de crédito, segmento que carrega o maior percentual de dívidas dos brasileiros. É muito comum usuários – e especialistas também – atribuírem ao cartão de crédito a responsabilidade pelo endividamento e até pela inadimplência de consumidores. No entanto, mesmo estimulado pelas facilidades de pagamento e promoções, a decisão de comprar com o cartão de crédito é do consumidor e, portanto, ele é responsável por eventuais problemas. Uma das grandes tentações é a possibilidade de pagar as compras em parcelas mensais, mas que, somadas a outras prestações, podem atingir um valor que extrapola a capacidade de pagamento do consumidor.
Por fim, lembrar-se de que o Natal, motivo de compras e gastos, também pode ser de poupar para o futuro. Quando se fala em 13º salário, por exemplo, não se pode desperdiçar a oportunidade de guardar pelo menos uma parte desse dinheiro. A recomendação é que se poupe dinheiro ao longo do ano, iniciando com a formação de uma reserva para imprevistos. Por mais cuidadoso que alguém seja, sempre aparecem gastos inesperados e quem não tem uma reserva precisa recorrer a cheques especiais ou outros empréstimos, comprometendo o orçamento pessoal ou familiar. Por isso, aproveitando a mensagem do comercial de um grande banco, “o que você pode fazer por você mesmo, neste tempo de Natal?”
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