Um grupo de cinco devotas que lutam pela permanência do Santuário de Schoenstatt no atual espaço, às margens da BR-471, reuniu-se em audiência com o promotor de Justiça Érico Barin na tarde dessa terça-feira, 31. Recentemente, foi anunciado que a Prefeitura de Santa Cruz do Sul indenizará as irmãs da congregação com R$ 1,8 milhão pelas benfeitorias feitas no terreno e, dessa forma, os prédios passariam a ser utilizados como escola de Educação Infantil. O projeto ainda deve ser votado na Câmara de Vereadores.
Conforme Glacy Falleiro, devota responsável pelo encaminhamento de um abaixo-assinado, o grupo não é contrário à transformação do espaço em uma escola. Porém, discorda quanto à retirada de itens religiosos da capela. “Tínhamos pedido essa audiência com o promotor para que ele ouvisse nosso lado, o lado dos fiéis que fizeram abaixo-assinado e tudo para a continuação do santuário lá. Porém, nos foi colocado que já está acertado entre as partes e que o que queremos é de cunho religioso”, diz Glacy.
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A devota também defende que é possível manter dois santuários em uma mesma cidade. “Se querem construir outro, que construam, nós não somos contra o projeto da Prefeitura. O que fomos solicitar é que o santuário continue original, é o que os fiéis querem. Porque aquilo tudo foi construído pela comunidade: móveis, pertences, tudo foi doado pela comunidade”. Segundo Glacy, um advogado já foi contatado para que seja dado andamento judicial a fim de reverter a situação.
De acordo com o promotor Érico Barin, na audiência foi explicada a atuação do Ministério Público (MP) no caso. “A atuação do MP diz respeito apenas ao aspecto jurídico e formal da doação do imóvel e do atendimento de sua finalidade. O acordo feito, do Município com Schoenstatt, acaba protegendo o patrimônio público; então, a atuação do MP estaria exaurida nesse ponto”, explica. “Também externei que a finalidade pretendida no espaço é interessante e vai ao encontro do interesse público. E mencionei que houve essa possibilidade de manter a capela no local para preservar, pelo menos parcialmente, a finalidade daquilo que os devotos postulam”, complementa Barin.
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Na audiência, segundo o promotor, o grupo solicitou que o MP encaminhe um pedido à congregação para que haja a manutenção do santuário pelo menos até que a congregação adquira novo imóvel. “Embora eu tenha dito às presentes que se trata de uma questão religiosa, eu farei esse pedido e reportarei a resposta às integrantes”, ressalta o promotor.
O site schoenstatt.org, sediado na Alemanha, tem repercutido a situação acerca do impasse envolvendo o Santuário de Schoenstatt, de Santa Cruz do Sul. O endereço aborda informações de movimentos de Schoenstatt do mundo todo.
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