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“Devemos valorizar nossa terra”, diz Cheuiche

O segundo dia da 32ª Feira do Livro de Rio Pardo, nessa quinta-feira, 11, teve agenda recheada de cultura. No período da manhã os alunos puderam acompanhar um recital, além de performance literária. Mas foi à tarde que ocorreu o ápice da programação. Às 15 horas, o escritor e patrono da feira, Alcy Cheuiche, conversou com os estudantes. Nesta sexta-feira, 12, o escritor permanece em Rio Pardo, encontrando-se com leitores às 10 e às 14 horas. O Magazine, na edição de final de semana da Gazeta do Sul, trará entrevista exclusiva com o autor.

Cheuiche, 82 anos, natural de Pelotas, escreveu romances como A Guerra dos Farrapos, Sepé Tiaraju e A mulher no espelho, entre outros. Já ganhou diversos prêmios literários, como o Prêmio Açorianos e o Troféu Laçador. Já foi patrono da Feira do Livro de Porto Alegre, em sua 52ª edição. O escritor é membro vitalício da Academia Rio-Grandense de Letras e sócio fundador da Associação Gaúcha de Escritores. 

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Autor de romances, poesias e crônicas, propôs aos cerca de 400 alunos que acompanhavam a programação uma reflexão acerca da história do município e do País. Durante o debate, lançou vários questionamentos aos jovens. Em dado momento, perguntou: “Quem descobriu o Brasil?”. Os estudantes responderam em coro: Pedro Álvares Cabral. Mas a resposta não o deixou satisfeito. Com um pouco mais de estímulo, uma voz tímida e abafada gritou: “Os indígenas”.

A partir desse momento, Alcy explicou aos jovens a importância de se entender a própria origem e fez um pedido ao prefeito de Rio Pardo, Rogério Luiz Monteiro. “Gostaria que nos currículos escolares desta cidade ensinassem que foram os indígenas os descobridores do Brasil”, solicitou. Cheuiche buscou não somente questionar os alunos sobre a própria história, mas instigá-los e estimulá-los em sua formação. “Vocês precisam ler. A leitura transforma a vida das pessoas”, frisou.

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Palco da história

Em sua fala nessa quinta-feira, 11, Cheuiche fez questão de lembrar de fatos da Cidade Histórica e da relevância deles para a construção do Rio Grande do Sul. “Rio Pardo teve a primeira rua pavimentada do Estado. Vocês pisam no palco da história”, frisou. Outra citação fez referência ao forte Jesus Maria José, construído em 1752, e como esse monumento foi importante na época. “Não podemos esquecer isso. Devemos valorizar nossa terra”, concluiu o escritor.

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