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“Deve haver respeito, é preciso que se valorize”, diz governador sobre produção de tabaco

Abertura ocorreu nesta terça-feira

Expositores, palestras, oficinas, negócios e trocas de experiências esperam os visitantes na ​​maior feira de agricultura familiar do Rio Grande do Sul, a 21ª Expoagro Afubra, que foi aberta oficialmente na manhã desta terça-feira, 21. A solenidade contou com a presença do governador do Estado, Eduardo Leite, e demais autoridades ligadas à região do Vale do Rio Pardo e ao setor. A feira acontece em Rincão del Rey, no interior de Rio Pardo.

Quem abriu o momento de pronunciamentos na cerimônia foi o presidente da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Benício Albano Werner. Contente em poder realizar a feira, mas também em tom de reivindicação, o presidente aproveitou o espaço para salientar os prejuízos ocasionados pela estiagem. “É necessário repetir para que ecoe e se faça ouvir junto daqueles que têm o poder de realizar ações. A estiagem está arrasando lavouras de diversas culturas e segmentos, ocasionando não só perdas aos agricultores, mas enormes prejuízos ao poder público e ao consumidor”, disse Benício, dirigindo-se ao governador do Estado.

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Segundo Werner, é preciso pensar em iniciativas que amenizem as perdas e preparem os agricultores para as safras futuras. “Precisamos implementar de vez a construção de reservatórios, açudes ou barragens.”

Para o presidente da Afubra, outro assunto que causa aflição diz respeito à produção de tabaco. “Teremos a 10ª Conferência das Partes, a COP-10, no Panamá. E precisamos das autoridades para defender a cultura que gera milhares de empregos, renda e impostos. O setor do tabaco precisa ser visto não como um vilão, mas como um gerador de enormes edifícios sociais, econômicos e ambientais, pois desenvolve ações em toda a cadeia produtiva”, afirmou.

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O ex-prefeito de Rio Pardo e agora deputado estadual Edivilson Brum também fez reivindicações. “Esperamos que seja aprovado um plano safra adequado que proporcione segurança, transparência, paz no campo, para que o setor continue a crescer. É preciso fortalecer a ideia de que o produtor rural não tem tamanho. Pequeno, médio ou grande, todos são trabalhadores e unidos fizeram deste país o Brasil do agronegócio.”

Por fim, Brum reforçou a importância do evento. “A Expoagro respira integração, ciência, tecnologia, diversificação, bioenergia, biotecnologia, agroindústrias, arroz, soja, tabaco, máquinas e equipamentos, mas serve especialmente como palco das reivindicações do setor às autoridades aqui presentes”, enfatizou.

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Após, o deputado federal Heitor Schuch parabenizou a Expoagro e afirmou que o modelo de feira é um exemplo do que dá certo. Assim como Brum, o deputado federal também disse que a Expoagro é palco para debates. “Aqui, nesses 21 anos, já se falou em diversificação, na reforma da previdência, no código florestal, e tantos outros temas.” Schuch também deu destaque para as perdas após três verões de estiagem.

Com ênfase no compromisso que a Expoagro tem com a agricultura familiar, o prefeito de Rio Pardo, Rogério Monteiro, destacou que a feira leva ainda mais conhecimento aos produtores rurais. “Peço que olhem o semblante de cada um desses agricultores. Eles são responsáveis pela produção de 70% dos alimentos básicos que vão à mesa do povo brasileiro. Reconheçam a coragem desses trabalhadores, que continuam comprometidos com suas atividades, mesmo quando as adversidades persistem para dificultar a vida no campo”, observou.

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Para finalizar os discursos na cerimônia de abertura, o governador Eduardo Leite enfatizou a relevância da feira para todo o Rio Grande do Sul. “Um evento como esse serve, sem dúvida nenhuma, para celebração da capacidade de produção de todo o Estado. É uma feira, mas é também uma festa que celebra a capacidade dos homens e das mulheres do campo de produzirem, de gerarem riqueza e superarem as adversidades.”

Contudo, Leite concordou com os discursos feitos pelos representantes da região, no que diz respeito aos debates que são oportunizados durante a Expoagro Afubra. “É também um momento de reivindicações, para apresentarem suas pautas, suas demandas, em relação ao poder público. E estamos aqui para ouvi-los, para circular nesses espaços, entendendo quais são as necessidades do presente.”

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Sobre a estiagem, Leite respondeu. “Trabalhamos fortemente para que o estado recuperasse a capacidade de investimentos. Há quatro anos, tínhamos um estado sem capacidade de pagar as contas do mês, sem conseguir pagar os salários dos servidores. Graças ao esforço que contou com a participação decisiva da Assembleia Legislativa, conseguimos reorganizar as contas do governo do Rio Grande do Sul e abrir espaço para investimentos. Asseguro que verão investimentos sem precedentes neste próximo ciclo do governo para subsidiar os custos aos produtores rurais para realizarem investimentos na irrigação”, colocou.

Eduardo Leite também citou a importância da cadeia produtiva do tabaco para a economia do Estado. “Deve haver respeito, é preciso que se valorize a produção e se entenda o impacto que tem na vida de milhares de pessoas”, acrescentou.

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