Um dos escândalos mais rumorosos da história da região esteve a ponto de entrar na pauta da CPI da Covid no Senado. Nessa quarta-feira, 26, a comissão que investiga supostas omissões e irregularidades no combate à pandemia aprovou a convocação de nove governadores. Entre os nomes previstos inicialmente estava o do gaúcho Eduardo Leite (PSDB).
O critério para definição dos governantes convocados era a existência de investigações da Polícia Federal sobre o mau uso de recursos destinados a conter a crise sanitária. No caso do Rio Grande do Sul, foi citada a Operação Camilo, que apontou um esquema em contratos na área da saúde que teria desviado ao menos R$ 15 milhões dos cofres públicos e levou à prisão e renúncia do então prefeito de Rio Pardo, Rafael Reis Barros, em maio do ano passado.
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A convocação de Leite, porém, acabou retirada. Um dos motivos é que a investigação da PF não apontou nenhum envolvimento do governo do Estado – os crimes teriam sido cometidos por agentes da Prefeitura de Rio Pardo e por pessoas ligadas à Associação Brasileira de Assistência Social, Saúde e Inclusão (Abrassi), organização social que administrava à época o Hospital Regional do Vale do Rio Pardo.
Além disso, as irregularidades reveladas pela operação não tinham relação direta com o combate à Covid e teriam ocorrido antes do início da pandemia. O único ponto de aproximação refere-se a uma parte da denúncia segundo a qual uma empresa contratada por Barros teria usado água para um serviço de desinfecção em ruas da cidade, ao invés de produtos químicos. A contratação, porém, não foi feita com recursos federais, e a acusação foi desmentida por testemunhas que prestaram depoimento à CPI instalada na Câmara de Vereadores de Rio Pardo.
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