Uma das rodovias mais importantes da região é também uma das mais afetadas pelas cheias que castigam o Rio Grande do Sul desde o início do mês. A RSC-287, que no território de Venâncio Aires sofreu quatro grandes fissuras, com buracos que interromperam a passagem por cerca de três quilômetros, está ampliando o tempo de viagem de caminhões e veículos leves em até quatro horas. Até que se resolvam os problemas na pista, motoristas fazem um desvio de 40 quilômetros por Lajeado, onde ainda aguardam a liberação de passagem pela ponte da BR-386.
Em busca de uma solução emergencial, a Prefeitura de Venâncio Aires e um grupo de empresários locais se mobilizam. No último sábado, 11, em reunião com a presença de representantes da Concessionária Rota de Santa Maria, que administra a rodovia, e do Ministério Público, foi apresentado projeto de desvio emergencial na rodovia e um cronograma de obras.
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Representantes da empresa do Grupo Sacyr destacaram a complexidade dos danos causados e o empenho em restabelecer o caminho o mais rápido possível. “Nossa fonte de receita é o pedágio. Então nós também precisamos dessa rodovia funcionando e com segurança”, destacou o gerente Socioambiental da Rota de Santa Maria, César Cruvinel. Ele apresentou ao grupo o projeto proposto, e já aprovado pelo Estado, de construção de uma via lateral provisória, à direita no sentido Venâncio Aires – Porto Alegre.
Devido a expessura da pista e instabilidade do solo, a empresa prevê de três a quatro semanas para liberação do desvio. “Já estamos trabalhando em contato com todas as pedreiras possíveis e maquinário para garantir esse atendimento, mas queremos que vocês tenham a consciência que a demanda será enorme”, completou Cruvinel.
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O prefeito de Venâncio Aires, Jarbas da Rosa, ressaltou a importância da rodovia para o município e colocou-se à disposição para ajudar no que for necessário para agilizar a obra. Da mesma forma, os empresários presentes se comprometeram a buscar novos fornecedores de máquinas e material para garantir duas frentes concomitantes de trabalho e assim reduzir o tempo de obra.
Jarbas da Rosa lembrou que essa é apenas a solução paliativa para reconectar a rodovia e que é preciso rever o projeto de duplicação antes do conserto definitivo. “Ficou claro com o dano sofrido que novas cheias devem acontecer no local. Está na hora de reavaliar o projeto e debater profundamente a necessidade de pontes secas ou dutos de passagem dessa água”, finalizou.
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