Para quem cultiva e valoriza a história, poucos destinos no Brasil poderiam ser tão promissores e positivamente surpreendentes como é o caso de Olinda, cidade da região metropolitana de Recife, a capital de Pernambuco. Antes de mais nada, porque o Brasil (literalmente) começou a ser povoado a partir dali. O epicentro local está situado sobre uma colina, à beira do Atlântico e ainda junto ao Rio Capibaribe, que faz a divisa com a capital no trecho em que deságua no oceano.

Foi sobre essa colina que Duarte Coelho, designado por Portugal para se estabelecer no Nordeste do Brasil a fim de iniciar efetivamente a ocupação da recém-criada colônia, teria exclamado: “Ó linda situação para se instalar uma povoação!” Resultado: ficou sendo Olinda. O ano era 1535. A partir da elevação, a vista se espraia por sobre o oceano, onde o sol de põe, e sobre as águas dos rios e os resquícios da exuberante Mata Atlântica.

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Dois anos depois, em 1537, e já com a vila estabelecida, um outro grupo se instalava além do Capibaribe, e do Beberibe, que a ele se une. Surgiria Recife, cujo nome faz menção aos arrecifes que se estendem ao longo do litoral atlântico por vários quilômetros. Só 12 anos depois é que ocorreria a fundação de Salvador, em 1549, que viria a ser a primeira capital brasileira.

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Hoje, a partir da Praia de Boa Viagem, ponto preferido da imensa maioria dos turistas que se dirigem à capital pernambucana, apenas 10 quilômetros, ou cerca de meia hora de carro, separam o viajante do centro de Olinda. E, nessa cidade, com seus 350 mil habitantes, que sobem a meio milhão se for considerado todo o território, o ponto inicial de um passeio bem pode ser a praça ou o Alto da Sé, diante da magnética Catedral de São Salvador do Mundo. Depois da visita à Sé, a caminhada de uma hora ou pouco mais pelo entorno proporciona um mergulho fascinante no passado, o passado do Brasil, que é, afinal, passado de todos nós.

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