Cerca de 250 alunos que estão matriculados no Colégio Ulbra Concórdia não sabem onde darão continuidade aos estudos. A incerteza começou em junho, quando a entidade mantenedora, a Associação Educacional Luterana do Brasil (Aelbra), anunciou que não pretende seguir à frente da administração da instituição. O problema se tornou ainda mais preocupante nos últimos dias porque o prazo para que uma nova mantenedora assuma o comando termina no fim de setembro e, embora algumas organizações já tenham demonstrado interesse, ainda não há nenhum posicionamento positivo sobre a mudança.
Um grupo de pais criou um comitê a fim de buscar um possível administrador. No entanto, as negociações estariam ocorrendo diretamente com a Ulbra. “Não temos muito o que fazer. Até conseguimos interessados, mas quando chegam na Ulbra, desistem. Não sabemos o que acontece dentro de portas fechadas. Estamos perdidos”, comenta um pai, que não quis ter a identidade revelada. Conforme o diretor do educandário, Flávio Kochenborger, caso não seja confirmada uma nova mantenedora dentro do prazo, a 6ª Coordenadoria Regional de Educação (6ª CRE) iniciará o processo de encerramento das atividades no Concórdia, o que também atingirá os 25 professores que lecionam no local e outros 14 funcionários administrativos.
Fora o Concórdia, que é da rede privada e atende a educação infantil e os ensinos fundamental e médio, Candelária ainda possui um instituição privada, oito escolas estaduais e três municipais. Segundo o coordenador da 6ª CRE, Luiz Ricardo Pinho de Moura, a coordenadoria e a Prefeitura realizaram o levantamento de vagas da rede pública. “No cenário que se apresenta hoje, as escolas têm condições de absorver a demanda”, afirma Moura. De acordo com ele, todas as instituições estaduais dispõem de lugares para novos alunos. A Secretaria Municipal de Educação informa que nas três escolas municipais também há vagas disponíveis.
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O diretor Flávio Kochenborger explica que o encerramento das atividades por parte da Aelbra seria em razão de dificuldades financeiras, tendo em vista que o Concórdia estaria operando no vermelho. Ele acrescenta que, além do colégio, a Ulbra teria anunciado que deixaria a administração de uma escola de Coacal, Rondônia. A Ulbra foi procurada pela Gazeta do Sul, mas até o fim da tarde desta quinta-feira não havia se manifestado.