O desgaste de quadril, conhecido como osteoartrite ou artrose de quadril, se caracteriza pela deterioração progressiva dessa articulação. Quando a cartilagem está desgastada, a articulação deixa de se movimentar livremente e suportar carga, o que provoca dor e restrição de movimento. Embora tal condição seja comum a pessoas mais velhas, também pode afetar indivíduos jovens por causa de lesões de origem traumática, malformações congênitas e doenças de desenvolvimento, inflamatórias ou infecciosas.
Outra complicação, que pode ocorrer em qualquer idade e ocasionar problemas de quadril, segundo o traumatologista e ortopedista Paulo Cezar Schutz, de Santa Cruz do Sul, especialista em medicina regenerativa, é a osteonecrose da cabeça do fêmur, causada pela falta de circulação sanguínea na cabeça do fêmur. Em todos esses casos, segundo relata, há algumas opções de tratamento. A primeira consiste no uso de anti-inflamatórios, para alívio da dor, e de condroprotetores, que ajudam na produção de cartilagem e redução da degradação do colágeno. Outra recomendação é a prática de exercícios funcionais voltados ao fortalecimento da musculatura e dos ligamentos que protegem a articulação.
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Se ainda assim não houver melhora, a opção é a medicina regenerativa, que se refere ao tratamento de “alimentação da cartilagem”. “Há muitos trabalhos, já comprovados em países mais desenvolvidos, com uso de células-tronco associadas ao ácido hialurônico, que é um excelente anti-inflamatório utilizado de forma intra-articular”, ressaltou, observando que os resultados obtidos são considerados excelentes.
No caso de malformação congênita, o tratamento depende do tipo de diagnóstico. “É preciso tratar a causa base da doença. Se todas as opções de tratamento não forem suficientes, aí se vê a possibilidade de cirurgia. Uma delas é a osteotomia corretiva, por meio da qual se corrige um mau alinhamento. Tira-se, por exemplo, da área de apoio a cartilagem danificada e se coloca outra mais saudável no lugar”, informou, destacando que a última alternativa é a prótese total de quadril.
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Mesmo não havendo uma forma de prevenir o desgaste, a dica de ouro, válida para toda e qualquer articulação, é o fortalecimento através de exercícios físicos.
Principais sintomas
- Dor no quadril – Pode começar de forma leve e piorar progressivamente. Geralmente é sentida na virilha, na parte externa do quadril ou na região lombar.
- Rigidez articular – É comum nos estágios iniciais do desgaste. Pode haver dificuldade em movimentar a articulação, especialmente após períodos de repouso prolongado, como ao acordar pela manhã.
- Dificuldade ao caminhar – A dificuldade ao caminhar, com sensação de dor e desconforto, pode levar a uma marcha mancante ou a alterações na maneira de andar.
- Limitação de movimento – Na medida em que o problema progride, a amplitude de movimento da articulação pode ser reduzida. Agachar, subir escadas ou cruzar as pernas podem se tornar movimentos desafiadores.
- Inchaço – Em alguns casos, o desgaste pode levar ao acúmulo de líquido na articulação, resultando em inchaço.
- Dor referida – A dor do desgaste pode irradiar para outras áreas, como coxa, joelho ou região lombar. Isso ocorre devido à complexa rede de nervos que interagem com a articulação do quadril.
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