Os desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) somaram R$ 136 bilhões, no ano passado, revelando queda de 28% em comparação às liberações de recursos para projetos do setor produtivo feitas em 2014. Os números foram divulgados nesta segunda-feira, 25, pela instituição. Segundo informou a assessoria de imprensa do BNDES, o resultado evidencia a desaceleração da demanda por novos investimentos, em decorrência da política de ajuste fiscal adotada pelo governo.
Do montante desembolsado em 2015, a maior parte (R$ 54,9 bilhões ou o correspondente a 40,4% do total) foi destinada ao setor de infraestrutura. Em seguida, aparecem os setores da indústria, com R$ 36,9 bilhões (27,1% do total); comércio e serviços (R$ 30,4 bilhões, ou 22,4%) e agropecuária (R$ 13,7 bi, ou 10,1%).
Também as aprovações e as consultas para obtenção de financiamento do banco caíram em relação ao ano anterior. Elas alcançaram, respectivamente, valores de R$ 109,5 bilhões e R$ 124,6 bilhões, mostrando retração de 47% cada sobre 2014. O BNDES informou que, mesmo diante do cenário econômico restritivo no país, conseguiu manter apoio para áreas consideradas essenciais, como energia elétrica e logística de transporte, que receberam R$ 21,9 bilhões e R$ 20 bilhões, com alta de 15% e 8%, respectivamente.
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Dentro do segmento de energia, os desembolsos para projetos eólicos (geração de energia pelos ventos) apresentaram incremento de 85%, passando de R$ 3,3 bilhões, em 2014, para R$ 6,1 bilhões, no ano passado. Já na área de logística, as liberações para projetos de mobilidade urbana (R$ 8,5 bilhões) mostraram expansão de 30% ante os R$ 6 bilhões desembolsados em 2014.
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