A desembargadora Iris Helena Medeiros Nogueira embargou a voz ao prestar o juramento na tarde dessa terça-feira, 2, quando foi empossada presidente do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul. “Acabo de realizar um grande sonho, que é sentar nesta cadeira”, disse no início de seu discurso, no qual logo enfatizou a simbologia de sua chegada ao cargo. Com uma citação da poetisa goiana Cora Carolina, destacou ser a primeira mulher a presidir o Judiciário gaúcho em quase 150 anos e afirmou que sua posse alinha o órgão a uma “sociedade moderna” e sem “qualquer espécie de tabu”.
Natural de Pelotas, onde se graduou em Direito em 1981, Iris tem 35 anos de carreira na magistratura – iniciou como pretora na comarca de Santa Cruz do Sul em 1985. Também passou por Santa Rosa, Campina das Missões, Espumoso, São Jerônimo e Porto Alegre até ser promovida a desembargadora, em 2004.
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Na função, vai suceder ao desembargador Voltaire de Lima Moraes, a quem fez diversos elogios pela condução do enfrentamento à pandemia e repetiu duas vezes que, mesmo sob restrições, “o Judiciário não parou”. Lembrou ainda de outro desafio enfrentado pela gestão anterior, o ataque cibernético, o qual chamou de “inimigo sorrateiro e covarde”. “Não perdemos um dado sequer”, celebrou.
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Ao falar de metas para a administração, Iris citou a “imediata implantação” do plano de carreira de servidores, chamado por ela de “conquista histórica e ambicionada por décadas”, com foco na recomposição das carências do quadro e prometeu políticas de valorização e qualificação. Ainda defendeu investimentos em inovação e renovou o compromisso de alcançar a marca de 100% dos processos digitalizados até o fim de 2022. Ao lado do governador Eduardo Leite (PSDB) e do presidente da Assembleia Legislativa, Valdeci Oliveira (PT), também elogiou a adesão do Estado ao Regime de Recuperação Fiscal do governo federal.
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Pregando a defesa da imagem do TJ, Iris afirmou ainda que não se deve admitir “críticas, na maioria das vezes, injustas” e “depreciação comparativa”. “A quem interessa um Judiciário fragilizado e depreciado?”, alegou.
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