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Descongestionantes nasais: confira mitos e verdades sobre o uso desse tipo de medicamento

Nesta sexta-feira, 5, é celebrado o Dia Nacional do Uso Racional de Medicamentos. A data chama atenção para os perigos da automedicação, caracterizada pelo consumo de remédios sem orientação médica. Nesse sentido, uma ação que preocupa e gera debates é o uso indiscriminado de descongestionantes nasais.

Com a chegada dos dias mais frios, a utilização deste tipo de produto aumenta significativamente. Isso porque eles são comercializados sem a necessidade de prescrição médica. Há quem diga, inclusive, que os descongestionantes podem deixar os usuários viciados. “Têm pacientes que usam muito e acabam desenvolvendo dependência química”, explicou a otorrinolaringologista Ingrid Santana, em entrevista à Rádio Gazeta FM 107,9.

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Conforme a profissional, o uso do produto desencadeia o chamado “efeito sanfona” nos vasos sanguíneos. “A gotinha murcha por vasoconstrição e, um tempinho depois, o cérebro manda dilatar esses vasos. Então, quando dilata volta a trancar.” Ela explica que há tratamentos para quem tem dependência nos descongestionantes.

Segundo Ingrid, o problema não está naqueles que tem como base o soro fisiológico. “Nós, médicos, estimulamos para que limpem o nariz com soro fisiológico, mas muitos destes tem nafazolina na composição – é isso que abre para valer o nariz e atua em poucos minutos”, disse.

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Ela explica que esse composto pode diminuir, por exemplo, a vazão nos vasos sanguíneos do cérebro e do coração, podendo causar isquemia ou infarto. Conforme a profissional, pacientes que são hipertensos, com arritmia, e problemas vasculares, têm mais chances de serem vítimas dessas situações. Além disso, ela conta que o uso dos descongestionantes pode, inclusive afetar a visão. “Algumas pessoas têm aumento da pressão do olho. O glaucoma também pode vir dessas gotinhas.”

Por enquanto, não há restrições quanto ao uso, mas tramita uma lei para que haja mudanças na comercialização. “Há uma lei sendo votada para que tenha orientação médica antes de usar. Porque senão a pessoa pode ter um dano irreparável ao comprar livremente” contou a otorrinolaringologista.

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Uso consciente

Ingrid salienta que o uso não deve ser extinto, mas deve ser conduzido de forma mais consciente. Segundo ela, algumas pessoas necessitam, de fato, do descongestionante, como é o caso de pessoas que tem problemas nasais ao andar de avião. Mas essas situações devem ser avaliadas por um médico para entender a necessidade do paciente.

Outro fator que é problemático em relação ao uso de descongestionantes sem prescrição é a ocultação de outros problemas. “Pode ser uma infecção que está causando a obstrução nasal no paciente, que, se for tratada, não precisa usar nada”, cita. A médica alerta que é necessário investigar o problema antes de se automedicar.

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Contraindicação

“Não receito para crianças. Podemos limpar com soro ou utilizar antialérgicos nasais, que são muito seguros. Os mesmos efeitos colaterais que dá em um adulto pode dar em uma criança”, frisou a médica. Outro grupo que deve se atentar ao uso do descongestionante são as mulheres grávidas e lactantes. “Pode dar vasoconstrição na placenta, estreitar o cordão umbilical e acabar faltando oxigênio para o bebê. Além disso, o feto pode ter arritmia.”

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