A Polícia Civil de Sinimbu segue à procura do homem que matou o agricultor Paulo José de Moraes, de 38 anos, por volta das 20h45 de sábado, 31, em um bar de Linha da Grama, localidade a 35 quilômetros da área central de Sinimbu. Na ocasião, vítima e suposto autor estavam no estabelecimento, que fica perto do distrito de Pinhal Santo Antônio, nas proximidades da RSC-153, entre Herveiras e Gramado Xavier. À tarde, um desentendimento teria ocorrido entre o acusado e uma outra pessoa.

Paulo José interferiu na discussão. O suspeito então teria saído do local e retornado por volta das 20h40, com um revólver calibre 38 em mãos, e efetuado dois disparos que atingiram a cabeça de Paulo. O agricultor morreu na hora. Segundo o comandante da Brigada Militar de Sinimbu, tenente Gilberto Machado da Rosa, testemunhas relataram que a pessoa que havia discutido inicialmente com o acusado já havia ido embora no momento dos tiros.

Na tarde de terça-feira, 3, o inspetor da Polícia Civil de Sinimbu, Marcelo Jackisch, foi até o bar, que estava fechado, para levantar detalhes a respeito do crime. Ele identificou testemunhas e conversou a proprietária do bar. “Parece que houve um desacerto entre eles em uma carreata política que, conforme informações que temos, teria ocorrido no mesmo dia dos fatos. Qual foi o desacerto, por que discutiram e se discutiram, são informações que ainda não temos. A comprovação vou verificar com as testemunhas, que irão esclarecer os fatos”, ressaltou Jackisch.

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Além de colher depoimentos, o inspetor aguarda o resultado da necropsia e da perícia técnica na cena do crime para dar sequência às investigações. A polícia já identificou o suposto autor do homicídio. Ele tem 29 anos, é de Gramado Xavier e estaria trabalhando como pedreiro em Sinimbu, na localidade onde fica o bar. Já possui antecedentes criminais por ameaça e lesões corporais.

“O suspeito foi visto por mais de três pessoas que estavam no bar. Ele não compareceu ainda à Delegacia de Polícia Civil e será intimado para prestar esclarecimentos”, salientou o inspetor. A participação de uma outra pessoa, que estaria fora do bar, esperando o autor dos disparos, também está sob investigação. “Há essa notícia, mas ainda preciso saber como o suspeito foi até o local, se estava acompanhado e como saiu dali”, finalizou o inspetor.

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VÍTIMA TENTOU SE ESCONDER ATRÁS DO BAR
Fazendo o policiamento nas proximidades, o comandante da Patrulha Comunitária do Interior (PCI) da Brigada Militar de Herveiras, soldado Joel Fernando da Cruz, foi o primeiro a chegar à cena do crime, cerca de 15 minutos após o fato. “Essa desavença já perdurava de momentos anteriores. Esses dois acabaram discutindo na tarde, se provocando e se ameaçando. Aí, já passava das 20 horas quando esse rapaz (o suspeito) voltou ao local dos fatos atrás de um outro cidadão. Só que, como ele não o encontrou, e na parte da tarde esse que veio a óbito havia interferido na desavença, acabou sendo ele o lesado da história”, comentou.

“Segundo relato de testemunhas, esse homem chegou de arma em punho e a vítima correu para o interior da residência, que fica atrás do bar, mas não adiantou, porque o outro rapaz estava em cima e efetuou dois disparos com a arma”, frisou o soldado Joel. A segui, quando o autor passou novamente pela parte do imóvel onde fica o bar, um outro homem conseguiu desarmá-lo após entrar em luta corporal.

“Por fim, ele (o autor) acabou fugindo para o mato atrás do bar. Fizemos buscas, isolamos o local, apreendemos a arma e acionamos a Polícia Civil e o Instituto Geral de Perícias”, salientou o PM. Um pé de tênis cinza, que teria sido perdido pelo criminoso na fuga, também foi apreendido. A vítima não tinha antecedentes. Paulo José de Moraes foi velado na Comunidade São José, de Linha da Grama, no domingo e sepultado no cemitério da mesma localidade. Deixou enlutados a esposa, dois filhos, mãe, padrasto e três irmãos.

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