Deputados críticos ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preparam-se para formalizar o pedido de afastamento dele. Eles discutem o assunto, na tarde desta quarta-feira, 19, após notícias de que a PGR (Procuradoria-Geral da República) irá denunciar o peemedebista ao STF por envolvimento no esquema da Operação Lava Jato. A reunião, liderada pelo PSOL, reúne deputados de diversos partidos. A ideia, conforme Ivan Valente (PSOL-SP), é aguardar a denúncia da PGR e, logo em seguida, protocolar uma representação no Conselho de Ética da Casa, solicitando investigação por quebra de decoro parlamentar.
“Vamos entrar com o pedido como partido, mas vários outros deputados estão aqui e vão se juntar a nós”, afirmou Valente. Segundo ele, a reunião desta tarde é para avaliar os argumentos a serem utilizados na representação. Uma das justificativas será a condição de Cunha, que deixa de ser indiciado, para ser denunciado.
A tendência é que Cunha seja enquadrado no crime de corrupção, mas ainda não há uma redação final da denúncia.
Os procuradores estão finalizando o documento que será assinado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Em seguida, a Justiça precisa avaliar se aceita ou não e, só então, o deputado vira réu e o processo é aberto. Eduardo Cunha é alvo de inquérito no STF que apura suspeitas de participação dele no esquema da Petrobras. Desde que foi denunciado, Cunha tem evitado comentar o assunto e sempre reforça que isso é atribuição de seu advogado, Antônio Fernando de Souza.
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