Após pronunciamento feito na Tribuna da Assembleia Legislativa, relatando as dificuldades de centenas e centenas de pessoas que aguardam procedimentos e cirurgias na fila do Sistema Único de Saúde (SUS), o deputado estadual Adolfo Brito (Progressistas) foi recebido nessa quarta-feira, 20 pelo procurador geral de Justiça, Fabiano Dallazen e posteriormente por Cristiano Vieira Heerdt, defensor público geral do Estado e sua equipe. Brito fez um relato da situação informando que, após um longo tempo aguardando para a consulta, os pacientes são colocados em listas de espera. Depois, quando conseguem marcar a data para os procedimentos ou cirurgia, ocorre um verdadeiro drama, pois chegando a proximidade da data de atendimento, normalmente os hospitais, ou os profissionais, ligam desmarcando o agendamento.
O deputado levou em mãos dois exemplos do descaso que ocorre na região Central: o caso do agricultor Antônio Derli Ferreira da Silva, morador da Linha Brasil, no município de Passa Sete, divisa com Lagoão e Segredo. Em outubro de 2015 ele sofreu um acidente e foi atendido no HPS de Canoas, onde fez a cirurgia, na qual foi necessária a colocação da bolsa de colostomia. Ficou de ser feita a reconstrução do trânsito intestinal e retirada da bolsa, no Hospital da Ulbra, em Canoas. Por várias vezes o procedimento foi agendado e desmarcado pelo hospital neste período de mais de dois anos e meio.
Outro caso denunciado pelo parlamentar, refere-se a Alzira Ieda Lanzeicher. Ela mora em Agudo e está há nove anos aguardando uma cirurgia para colocação de prótese no joelho, em tratamento no hospital Universitário em Santa Maria. E continua aguardando em cima de uma cama, pois não consegue caminhar. O parlamentar explicou ainda que recebe sistematicamente, em suas viagens ao interior, pedidos de apoio para atendimento de pessoas que aguardam procedimentos e cirurgias e ficam meses e anos sem saber quando efetivamente serão atendidos.
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Os dois casos entregues à Justiça deverão ser encaminhados já nos próximos dias e o mais importante, segundo Brito, é que o Ministério Público vai agir com rigor devendo criar meios para controle efetivo das distorções que necessariamente precisam ser corrigidas, conforme garantiu Fabiano Dallazen.
Com relação a Defensoria Pública, Cristiano Vieira Heerdt declarou que serão tomadas as providências cabíveis para ações dos agentes em todo o Estado. “As pessoas que tiverem problemas podem procurar os defensores públicos no interior, inclusive poderão ser realizadas campanhas nos municípios afim de garantir o atendimento dos usuários do SUS”, finalizou. Brito acredita que a justiça terá um papel relevante a partir de agora no controle mais efetivo sobre o cumprimento de agendamentos para atender as pessoas que precisam do Sistema Único de Saúde.
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