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Depressão e saúde mental

Há algum tempo convivemos com um verdadeiro “calendário multicolorido”. Cada mês é caracterizado por uma tonalidade. O objetivo da novidade é chamar atenção sobre problemas graves de saúde que afetam os brasileiros.

Neste início de ano temos o “Janeiro Branco”, movimento social dedicado à construção de uma cultura de saúde mental. É, também, nome do instituto que coordena o movimento. O objetivo é destacar as principais necessidades da saúde mental do ser humano.

Entre as enfermidades mentais que mais preocupam as autoridades sanitárias destaca-se a depressão. É uma doença cujo aumento de casos foi turbinado pela pandemia, com ênfase entre a população idosa. Obrigada a ficar dentro de casa, sem direito à visita de familiares ou de contato com amigos, essa população sofreu intensamente as restrições impostas pela Covid que se arrastou por dois anos.

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As consequências estão sendo contabilizadas, mas os primeiros resultados são preocupantes.
Para os especialistas, a depressão é o quadro mais comum entre os pacientes mais velhos. A manifestação da enfermidade nessa faixa etária pode ocorrer de formas diferentes em relação a pacientes de outras idades. Isso acarreta dificuldades para a identificação da doença.

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Alguns fatores contribuem para que a depressão seja mais comum nessa quadra da vida. Entre elas se destacam a incidência de várias doenças, o início da aposentadoria, a solidão pela distância com familiares e antigos amigos, luto pela perda de afetos e parentes e falta de propósitos de vida pela inatividade.

Cientistas que se debruçam sobre o tema afirmam que envelhecer também implica em longas e profundas reflexões sobre o passado. Isso acarreta uma série de arrependimentos e de profundo sofrimento motivada por decisões que se mostraram equivocadas ao longo dos anos.

É comum, ainda, remoer ressentimentos antigos, além de análises a respeito de escolhas, de oportunidades perdidas ou dos rumos que a vida tomou nas últimas décadas. A perda de autonomia, consequência natural da velhice, agrava o quadro.

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Além disso, passa uma sensação de fardo, principalmente para os filhos que se desdobram em cuidados. Depender deles é considerado humilhante pelos idosos. Nem todos aceitam ajuda. Leitura e atividades físicas são consideradas verdadeiros bálsamos no combate à tristeza profunda, mas é preciso motivação.

Especialistas em saúde mental advertem que não existe doença pior do que a doença mental, porque ela ataca o centro de todos os cuidados. E que a depressão tardia, que se instala após os 60 anos, tende a ser mais agressiva e resistente. Portanto, neste janeiro – que fecha e abre um novo ciclo – vamos ficar de olho na saúde mental.

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Carina Weber

Carina Hörbe Weber, de 37 anos, é natural de Cachoeira do Sul. É formada em Jornalismo pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) e mestre em Desenvolvimento Regional pela mesma instituição. Iniciou carreira profissional em Cachoeira do Sul com experiência em assessoria de comunicação em um clube da cidade e na produção e apresentação de programas em emissora de rádio local, durante a graduação. Após formada, se dedicou à Academia por dois anos em curso de Mestrado como bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Teve a oportunidade de exercitar a docência em estágio proporcionado pelo curso. Após a conclusão do Mestrado retornou ao mercado de trabalho. Por dez anos atuou como assessora de comunicação em uma organização sindical. No ofício desempenhou várias funções, dentre elas: produção de textos, apresentação e produção de programa de rádio, produção de textos e alimentação de conteúdo de site institucional, protocolos e comunicação interna. Há dois anos trabalha como repórter multimídia na Gazeta Grupo de Comunicações, tendo a oportunidade de produzir e apresentar programa em vídeo diário.

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