Que pena, mas acabou a Oktoberfest. Certamente um sucesso e a certeza, na avaliação dos seus organizadores, de que foi um evento maravilhoso e bem-sucedido. E abençoado por São Pedro em incríveis três fins de semana praticamente sem chuva em pleno El Niño!
Houve acertos em muitas questões, sobretudo na estrutura do parque e na reorganização dos espaços para melhor distribuição dos frequentadores.
Várias áreas subaproveitadas em edições anteriores, à direita e à esquerda de quem acessa o parque, foram preenchidas com novos atrativos. E o público correspondeu.
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Aprovadíssimo o pavilhão da gastronomia, com pratos típicos da tradição germânica: ambiente agradável, acolhedor, comida saborosa e a um preço acessível. Não tive oportunidade de ir, mas ouvi elogios também ao Café Colonial, na Bierhaus.
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Nota dez para o novo Centro de Eventos que sediou a Feirasul, ao lado do Pavilhão 3 do parque. A nova estrutura impressiona, é confortável, segura para quem expõe e para quem frequenta. Com certeza, será palco para muitos eventos memoráveis.
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Poderia ocupar todo o espaço aqui para falar dos acertos: da organização, da estrutura, da limpeza do parque, da segurança, dos shows, da animação por todos os lados, ritmada por diferentes gêneros musicais, tantas coisas boas e que devem nos orgulhar.
Mas, a título de contribuição, não vou me omitir de fazer algumas considerações.
Frequentamos o parque duas vezes à noite. E sentimos, como muitos visitantes, a falta de sanitários. Vimos cenas constrangedoras, sobretudo na parte alta, logo na entrada, onde as opções ficaram restritas a espaços privados ou sujeitas a longas filas.
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Aliás, ficou difícil entender que num imenso espaço de gastronomia e vários pontos de abastecimento de chope e bebidas várias, logo abaixo do Pavilhão Central, não houvesse um único sanitário.
Por falar em Pavilhão Central, vai um reparo. Era o nosso ambiente preferido, os bailes de excelência, animados pelas melhores bandas e onde encontrávamos os amigos. Mas, sem uma cadeira, um banco, uma mesa para confraternizar, nos sentimos desconvidados pelas pernas cansadas e doloridas e a coluna pedindo alívio.
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Talvez seja por isso que no penúltimo sábado da festa, com o parque lotado como nunca tinha visto, encontrei não mais que duas dezenas de conhecidos em meio à multidão.
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Por que tantos santa-cruzenses estão desinteressados e ausentes do nosso maior evento? Falo com um, com outro dos meus parceiros de jornada e ouço a mesma coisa: – Pois é, não fui!
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Há algo intrigante nisso. Qual o motivo do desencanto de tradicionais frequentadores, justamente os que deram vida e alma à festa, e que hoje se conformam em acompanhar tudo à distância?
É verdade que há uma legião de novos entusiastas da festa. Basta ver os milhares de figurantes, a maioria jovens e casais com seus filhos no colo ou em carrinhos, que desfilam pela Marechal Floriano nas manhãs de domingo. É uma nova geração e, por certo, não os reconheço no parque.
Eles são bem-vindos, são a certeza de que a alegria e a magia da festa vão se robustecer cada vez mais. Mas nós não devíamos cansar tão cedo. Afinal, foi apenas a 38ª edição da nossa Oktoberfest.
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