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Depois do tratamento, Susana agradece ajuda de amigos e anônimos

Mais de um mês após ter dado início ao tratamento contra um linfedema na perna direita, a santa-cruzense Susana Rodrigues, de 36 anos, tem muito a agradecer. Depois da realização de uma ação entre amigos, organizada em junho e também divulgada na Gazeta do Sul, ela conseguiu arrecadar R$ 8 mil. O montante custeou a intervenção médica para amenizar os transtornos causados pela doença, popularmente conhecida como elefantíase.

Batizado de Método Godoy, que leva o nome do médico José Maria Godoy, o tratamento a que Susana se submeteu em São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, consistiu em um intensivo de drenagem, realizado nas dependências da clínica durante cinco dias, além da compra de botas feitas de um tecido chamado gorgurão. Ela também precisou adquirir o aparelho de drenagem linfática mecânica, pois o tratamento exige a realização de sessões diárias com duração de pelo menos uma hora. 

“Somente no período em que permaneci na clínica, o edema (inchaço) diminuiu 50%. Já estou sentindo essa melhora na minha rotina e também, é claro, na minha autoestima. Agora sou uma outra pessoa”, comenta. Atualmente Susana trabalha meio turno como secretária e dedica o resto do tempo para cuidar dos filhos Arthur Gabriel,  de 1 ano, e Pablo Henrique, 11. Ela também conta com a ajuda do marido, Luiz Everaldo Rodrigues, com quem é casada há 13 anos. “O apoio da minha família está sendo fundamental. Muitas vezes, são eles que me lembram de fazer a drenagem diária”, observa.  

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Acostumada a mandar fazer calças e saias personalizadas, já que os modelos das lojas convencionais nunca lhe serviram em consequência do inchaço na perna, Susana, agora, faz planos. “Acho que finalmente vou poder usar uma saia um pouco mais curta ou até mesmo uma calça jeans.” E os impactos vão além da estética. Após a considerável regressão da doença, a santa-cruzense apresenta mais facilidade para caminhar e para dobrar as pernas.
 

 

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O que é a enfermidade

O linfedema é um inchaço causado pelo acúmulo de líquido linfático nos tecidos. Com a doença, o sistema linfático não é capaz de drenar a linfa de uma determinada região do corpo, o que resulta em aumento do volume naquela área. O linfedema se desenvolve lentamente e evolui de forma progressiva. A doença não tem cura, mas pode diminuir com diagnóstico e tratamento adequados.

Relembre

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A história de Susana Rodrigues foi contada pela Gazeta do Sul no dia 6 de junho. Ela foi diagnosticada com linfedema quando ainda tinha 15 anos e, ao longo de duas décadas, afirma que a doença impactou diretamente em sua autoestima. Apoiada pela cabeleireira Inês Silveira e pelo radialista Claudiomiro Silva, de Estrela, a santa-cruzense pôde dar início a um movimento cujo objetivo foi pedir a colaboração da comunidade para  os custos do tratamento. Além de uma rifa, ela também disponibilizou sua conta bancária para doações. “Foi muito bonito. Apareceram pessoas que eu nunca tinha visto antes doando prêmios para as rifas ou dinheiro. Sou eternamente grata. É a realização de um sonho. Uma vida nova”, disse Suzana. 

O tratamento é contínuo e a cada seis meses ela precisa retornar a São José do Rio Preto para novos intensivos de drenagem. Suzana não descarta a possibilidade de iniciar uma nova “rede do bem” no início do ano, já que sobrevive com salário de secretária e ainda luta por um benefício no INSS. Os custos, porém, serão reduzidos pois ela não precisará adquirir a máquina de drenagem nem as botas de gorgurão, que podem durar até dois anos.

 

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