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FORA DE PAUTA

Depois do temporal

No meio da tarde do último sábado, como milhares em Santa Cruz do Sul, fomos surpreendidos em casa pelo temporal que provocou destruição pela cidade. Embora já tenha presenciado muitas situações parecidas, não tem como não ficar impressionado, a cada vez, pela intensidade da chuva e do vento.

Como soa ruim falar sobre a beleza da natureza também quando ela se mostra violenta, considerando os dramas humanos e prejuízos que acontecem, quero destacar algo mais corriqueiro nesse tipo de situação – a falta de energia que se seguiu ao temporal – e relacionar com a ideia de preservação ambiental.

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Claro que ficar sem luz é incômodo, para dizer o mínimo; é bem pior para aqueles que precisam dela na sua atividade profissional, por exemplo. Portanto, muitos foram afetados pelo que aconteceu no sábado. Mas quando estamos às escuras, só pensamos no desconforto e quase nunca no motivo principal das quedas de energia durante temporais – o grande número de galhos de árvores que conflitam com a rede elétrica.

Basta uma caminhada mais atenta por Santa Cruz para perceber a quantidade de árvores inadequadas que, num passado distante, ou nem tanto, foram plantadas embaixo ou próximas dos fios de distribuição. Surpreende até que não tenhamos mais episódios de falta de energia, considerando a extensão do problema.

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As árvores são bonitas e essenciais – quem não gosta delas? Principalmente por isso, chovem reclamações quando as empresas de energia fazem intervenções nelas para prevenir os danos à rede de distribuição. Uma correção que, à primeira vista, é arbitrária, mas aparenta ser a única saída para o descuido que se teve ao longo dos anos na escolha das espécies para fazer a arborização urbana.

Por óbvio, muitos se preocupam com a preservação da natureza. Mas enquanto reclamam dos cortes de árvores na cidade, onde é fácil perceber o problema porque sempre há gente passando, em outros locais de Santa Cruz, longe do Centro, ocorre muita destruição.

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Uma situação trágica especialmente para os animais silvestres. Sempre me surpreendo com a defesa convicta da natureza “urbana” ao lado da desconsideração, por exemplo, com os animais que vivem na área de transição com a zona rural. Como parte da minha rotina, passo por pontos onde é comum encontrá-los atropelados, em especial nas vizinhanças do Cinturão Verde. Ninguém parece ligar, mas quando do corte de alguma árvore dentro da cidade, a reclamação é forte.

Muitos dirão que são coisas diferentes, mas não, guardam estreita relação. Estamos sempre a postos para reclamar apenas quando um problema atinge nosso conforto, como andar nas ruas sob a sombra das árvores. Não é exagero olhar com desesperança para o futuro da vida silvestre em Santa Cruz.

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