A temperatura mínima registrada em Santa Cruz do Sul nessa quarta-feira foi de 1,2 grau, segundo a estação meteorológica da Unisc. Foi a menor desde o inverno passado. Já a sensação térmica foi de um grau negativo, segundo o professor Marcelino Hoppe, responsável pela estação. Essa foi a temperatura registrada inclusive por termômetros de rua instalados na própria Unisc. Já nas imediações do Parque da Oktoberfest, um termômetro chegou a marcar dois graus negativos. Hoppe ressalta, porém, que a temperatura oficial é a registrada na estação.
“A estação meteorológica fica a um metro e meio do chão, em uma região com gramado e dentro de uma superfície pintada de branco. É padronizada no mundo todo. Já os termômetros de rua apresentam temperaturas diferentes dependendo da cor e do local em que estão afixados”, explica. “No chão, ainda mais em uma superfície gramada, a temperatura pode ser até quatro graus mais baixa do que na altura das estações meteorológicas.”
Hoppe informa que, conforme a medição oficial, a temperatura mínima na terça-feira foi de 2,1 graus. Conforme os registros históricos, a menor temperatura em Santa Cruz foi de -3,6 graus, em 14 de junho de 1967. Com frequência, os mais antigos relatam que, em décadas anteriores, o frio era mais intenso. O professor acredita que há uma razão para essa percepção. “As noites estão mais quentes. Pode ser um fenômeno motivado pelo efeito estufa ou uma tendência natural. As temperaturas mínimas dos últimos anos não se aproximam do recorde histórico”, observa.
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A formação de geada na Unisc foi menor em comparação à onda de frio de junho, antes de o inverno começar oficialmente. Hoppe explica que a temperatura precisa estar abaixo de zero na grama para que a geada possa se formar. “A temperatura oficial verificada na estação não influencia. A geada pode ser vista mesmo se estiver marcando cinco graus. O que determina é a temperatura no chão”, esclarece.
Em relação à altitude, Hoppe afirma que a temperatura cai seis décimos a cada 100 metros. Em Gramado Xavier, a água congelou no encanamento e registros da rede de água racharam. Um termômetro caseiro, colocado na sacada de um prédio, anotava cinco graus negativos no início da manhã. Já em Herveiras, às 7h30, a temperatura observada nos termômetros era de dois graus negativos.
O professor lembra que a atuação de pelo menos duas frentes frias na região durante o inverno tem sido comum nos últimos anos. “É tradição que ao menos duas massas de ar polar façam as temperaturas despencarem. Mas logo depois da passagem do sistema de baixa pressão, há uma alternância. Esquenta bastante, chove e depois esfria, mas por meio de uma massa com pressão alta.”
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Mínima nesta quinta-feira será de 2 graus
Conforme previsão do Cptec/Inpe, a mínima nesta quinta-feira deve ser de 2 graus. A máxima também vai aumentar em relação aos últimos dias e deve chegar aos 16 graus. Deve começar o chamado efeito cebola – em alusão à necessidade de se ir tirando os casacos na medida em que o dia vai esquentando. Na sexta-feira, as temperaturas devem variar entre 4 e 17 graus.
Já no sábado, os termômetros devem marcar entre 7 e 19 graus. A partir da próxima semana, as máximas aumentam consideravelmente. No domingo, podem chegar a 25 graus. O resto do inverno deve ser assim: com períodos de frio intenso, de curta duração, intercalados com dias de temperaturas mais agradáveis e amenas. Segundo a Somar Meteorologia, a onda de frio que fez nos últimos dias será a mais rigorosa do inverno deste ano.
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