Um dos setores importantes no trabalho desenvolvido pela Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) é o departamento agroflorestal. Não há como produzir na agricultura sem pensar em ações de proteção ao meio ambiente e desenvolvimento sustentável. O gerente de produção agroflorestal da Afubra, Juarez Iensen Pedroso Filho, afirma que “uma das premissas da entidade é promover a agricultura familiar e a diversificação. Por isso, o estímulo para os viveiros é procurar espécies que possam atender demandas nas propriedades, principalmente de árvores nativas para reflorestamento. Mas existem outras necessidades, como plantas ornamentais e até mesmo para a subsistência”.
Para a reposição florestal, as espécies de eucaliptos são destaque. Formam a base de utilização dos fumicultores para lenha. “Esse foi o ponto de partida do projeto agroflorestal da Afubra, que aos poucos foi incrementando novos cultivos nos viveiros”, comenta Pedroso. A variação genética é um item importante para manter o padrão de produtividade, conforme o engenheiro florestal. Ele cita o exemplo da batata-doce.
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Há dez safras, cultivares desenvolvidos pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) são comercializados pela Afubra. As mudas não estavam no mercado e foram resultados de pesquisas. Pelo interesse gerado em produtores, passaram a ser disponibilizadas. “Foi uma parceria público-privada, que para nós é um exemplo. Hoje temos cinco cultivares de batata-doce, que podem gerar renda ao produtor”, disse.
Pedroso também destaca o interesse de produtores por duas forrageiras desenvolvidas pela Embrapa mais resistentes à estiagem: capim Kurumi e capim Capiaçu. “São mais tolerantes nos períodos de seca e acabam mantendo um bom desenvolvimento mesmo sem tanto volume de água”, detalha. As forrageiras protegem o solo, fornecem palha para o plantio e servem de alimento para animais.
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