O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, negou na noite dessa quinta-feira, 14, que a denúncia apresentada pelo procurador Rodrigo Janot contra o presidente Michel Temer possa prejudicar o cronograma de votação das reformas no Congresso. Para ele, a reforma da Previdência deve ser votada e aprovada em outubro. Janot ofereceu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a segunda denúncia contra Temer pelos crimes de organização criminosa e obstrução de Justiça.
“Nossa expectativa é o procedimento normal do cronograma. Evidentemente que existe algo, que já era esperado, que será a votação deste assunto [da denúncia contra Temer], mas já estávamos esperando isso, portanto, nossa expectativa é que no mês de outubro seja votada a Previdência”, disse Meirelles, antes de participar da premiação As Melhores da Dinheiro, no Tom Brasil, na capital paulista.
O ministro disse que tem conversado muito com os parlamentares sobre a votação da reforma. “Fiz reuniões com as bancadas de todos os partidos da base aliada no Congresso e nessas reuniões discutimos a questão da Previdência de uma maneira exaustiva e profunda. Deixei muito claro, com números concretos, que isso não é uma opção, é uma necessidade. Em alguns anos, se não for feito esta mudança, 80% do Orçamento vai ser ocupado com essas despesas”, disse.
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Candidatura
Meirelles comentou, novamente, sobre uma possível candidatura à presidência da República no próximo ano. “Fico muito honrado com as manifestações de apoio, mas no momento estou concentrado no trabalho fundamental de garantir a recuperação da economia brasileira”.
Ele comentou também sobre sua viagem a Nova York, na próxima semana. Segundo Meirelles, a mensagem que ele pretende levar para os Estados Unidos é que a “economia brasileira vai começar a crescer e que o desemprego começou a cair”. “A mensagem principal é que a economia está crescendo, vai bem e os sinais estão cada vez mais visíveis”, disse.
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