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Dentro do parque da Expoagro Afubra, irrigação ameniza os efeitos da seca

A menos de uma semana para a abertura dos portões da 20ª Expoagro Afubra, os preparativos se intensificam no parque de exposições em Rincão Del Rey, no município de Rio Pardo. Com os dias de calor extremo e estiagem, a preocupação principal da organização e dos expositores é manter as lavouras demonstrativas em plenas condições para receber os visitantes. Desde a implantação das plantações, no mês de novembro, a irrigação é constantemente utilizada e aumenta de maneira progressiva à medida que o período de seca e altas temperaturas se prolonga.

O coordenador de infraestrutura do parque da Expoagro, Agostinho Wilges, contou que na área da exposição tem chovido pouco desde o fim do ano passado. Muitas precipitações que atingiram Santa Cruz do Sul, por exemplo, não chegaram até a localidade. Em função disso, os três açudes da propriedade são usados diariamente.

“É um custo alto, mas necessário. O gasto de energia é bem elevado para mantermos as bombas funcionando e as plantas em boas condições para a abertura do feira”, disse. Uma equipe de cinco pessoas trabalha exclusivamente com esse setor no parque.

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Wilges estima que atualmente resta apenas um quarto da água dos três reservatórios, utilizados para irrigar lavouras de milho, soja, arroz, girassol e tabaco. “A irrigação, por aspersão e gotejamento, é feita todos os dias nos horários de menor calor, sempre até conseguirmos suprir as demandas das lavouras.”

O trabalho não gera custos extras para os expositores e garante que as cultivares sobrevivam aos dias de seca. “Os visitantes da 20ª Expoagro Afubra encontrarão lavouras em perfeitas condições, bem diferente da situação que vemos além dos portões do pórtico.”

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Plantações são irrigadas com o conteúdo dos três reservatórios do parque de exposições da Expoagro Afubra em Rio Pardo

O coordenador da Expoagro Afubra, engenheiro agrônomo Marco Antonio Dornelles, reforça que os debates em torno da irrigação vão ao encontro das diretrizes da feira, que se propõe a difundir tecnologia para os agricultores.

O tema está presente na programação, como na audiência da Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo, da Assembleia Legislativa, com o tema Irrigação como meio para amenizar os reflexos da estiagem no Rio Grande do Sul. O evento está agendado para o dia 20, a partir das 9 horas, no auditório do parque. “Pensar em irrigação é cada vez mais urgente, até para enfrentarmos anos como este.”

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Milho e soja

A Emater/RS-Ascar estima que as perdas de produtividade nas lavouras de milho gaúchas cheguem a 26,3% na safra 2019/2020. A projeção de produtividade média inicial era de 7.710 quilos por hectare, e agora é de 5.670 quilos por hectare.

O agrônomo Leandro Scheidt destaca que a situação é distinta na área cultivada pela Agroeste no Parque da Expoagro Afubra. A empresa de híbridos de milho e de sementes de sorgo e soja participa da feira desde a primeira edição. Na lavoura demonstrativa de 375 metros quadrados, a irrigação por aspersão utilizada desde o plantio garante o vigor das plantas.

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A Expoagro Afubra comemora duas décadas em 2020. De 18 a 21 de março, a maior feira do Brasil votada à agricultura familiar terá como tema Valorização do agricultor: do campo à cidade. Neste ano, a organização também comemora os 65 anos da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra).

“Pretendemos mostrar o caminho que a produção faz a partir do momento em que é gerada nas propriedades rurais até chegar às casas dos consumidores finais. Queremos mostrar a importância das comunidades rurais e a sua relação com o meio urbano”, explicou o coordenador da Expoagro Afubra, engenheiro agrônomo Marco Antonio Dornelles.

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A programação completa e mais informações sobre a mostra podem ser acessadas no site www.afubra.com.br/expoagro.

Água chega pela terra e também pelo ar

A ProfiGen do Brasil participa da Expoagro Afubra desde a primeira edição. No estande de 600 metros quadrados, a empresa utiliza pelo segundo ano consecutivo o sistema de irrigação por gotejamento para o tabaco. O agrônomo Alexandre Bilhalva esclareceu que o método garante mais economia de água e é muito eficiente para períodos de seca, já que direciona o recurso hídrico diretamente às raízes das plantas. Para a feira deste ano, foram cultivados 600 pés de tabaco, de oito variedades. “As plantas se desenvolveram bem, mas o sol forte queimou um pouco as folhas”, contou.

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Nelson Tatsch: apreensão no setor

O estande do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) utiliza irrigação por inundação nas áreas com arroz, como acontece todos os anos. Com a deficiência hídrica, a aguagem foi estendida para as lavouras de soja.

O arrozeiro Nelson Tatsch, conselheiro deliberativo do Irga de Rio Pardo, ressalta que a situação na área demonstrativa do parque difere muito da realidade das lavouras da região, especialmente nas propriedades que dependem dos rios Pardo e Pardinho ou de açudes. “O momento é de muita apreensão no setor arrozeiro, com perdas ainda incalculáveis”, lamenta.

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Bilhalva explica que a ProfiGen utiliza irrigação por gotejamento para irrigar o tabaco
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