Demora na homologação do decreto de emergência traz apreensão ao setor rural

A demora para a homologação dos decretos de situação de emergência e o agravamento dos problemas na agricultura com a segunda estiagem nesta safra causa apreensão entre os produtores rurais dos municípios do Vale do Rio Pardo que fazem parte da Metade Sul do Estado. O Comitê de Avaliação dos Prejuízos da Seca em Rio Pardo, Encruzilhada do Sul, Pantano Grande e parte da Região Carbonífera realizou uma reunião no início da noite desta terça-feira, 11, na Casa da Amizade, em Pantano Grande, para discutir a situação.

O encontro teve a participação do secretário nacional da Agricultura Familiar e Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Fernando Schwanke, e do presidente da Assembleia Legislativa. Ernani Polo, além de deputados estaduais, prefeitos, representantes da Defesa Civil do Estado e quase 200 produtores rurais e pecuaristas.

O coordenador do comitê, Amilcar Pereira Rego Neto, disse que o grupo buscou basicamente unificar os movimentos nos municípios da região. “Precisamos da união para ter representatividade política para obter a homologação dos decretos de emergência”, destacou.

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Os participantes elaboraram a Carta de Pantano Grande com todos os dados relacionados aos problemas com a estiagem na região. O documento será encaminhado à ministra da Agricultura, Tereza Cristina. O presidente da Assembleia Legislativa disse que nesta quarta-feira uma comitiva gaúcha terá uma audiência com a ministra para relatar a situação dramática e construir com o governo federal ações para minimizar os problemas.

O secretário Fernando Schwanke disse que o ministério acompanha a situação no Estado. Destacou que houve evolução na questão do seguro agrícola, pois 92% das lavouras de soja no Rio Grande do Sul estão seguradas. Mas afirma que ainda há necessidade de encontrar soluções para outros aspectos que trazem dificuldades aos produtores prejudicados com a estiagem, como o pagamento dos financiamentos para investimentos e compromissos fora do custeio das lavouras.

O prefeito de Pantano Grande, Cássio Nunes Soares, disse que o momento é preocupante, pois após o período com escassez de chuvas entre o final de novembro e início de janeiro houve melhora temporária na situação. No entanto, agora a região vive a segunda seca na mesma safra.

O deputado estadual Edson Brum reforçou que muitos produtores que fizeram o replantio agora perderam toda a lavoura com a falta de chuva. Por isso, o movimento em Pantano Grande pretende pressionar os governos estadual e federal para obter a homologação do decreto de emergência para os municípios da região que ainda não obtiveram o reconhecimento.

Com a colaboração de Tadeu Rodrigues/Rádio Rio Pardo

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