Um delegado e um comissário aposentado da Polícia Civil do Rio Grande do Sul foram presos no início da manhã desta terça-feira, 21, em Porto Alegre, durante operação desencadeada pelo Ministério Público (MP) com apoio da própria polícia. A operação Financiador apura crimes de lavagem de dinheiro, violação de sigilo funcional e organização criminosa.
Conforme a investigação, os suspeitos utilizavam contas correntes de terceiros e de empresas de fachada para financiar grupos criminosos que praticavam roubo de cargas, receptação e estelionato. O Ministério Público confirmou que os investigados, em contrapartida, recebiam parte dos lucros da atividade.
Os presos são o delegado Omar Abud, da 17ª Delegacia de Polícia, que atende o Centro da Capital, e o comissário aposentado Luis Armindo de Mello Gonçalves. A dupla teria participado da lavagem de aproximadamente R$ 1,1 milhão. A investigação começou em novembro do ano passado, quando o Ministério Público denunciou integrantes de uma organização criminosa que utilizava um supermercado de Alvorada para lavagem de dinheiro.
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Segundo o subprocurador-geral de Justiça para Assuntos Institucionais, Fabiano Dallazen, mais três pessoas são investigadas. No entanto, elas repondem em liberdade. Entre eles, conforme o MP, está um parente do delegado preso. “O papel do delegado era de elo nessa organização. Financiava e controlava o sistema de proteção ao grupo criminoso”, afirmou.
O chefe da Polícia Civil, delegado Emerson Wendt, disse que o objetivo agora é ressarcir os cofres públicos ao fim da investigação. Carros de luxo foram apreendidos e um apartamento avaliado em R$ 3 milhões deverá ser bloqueado pela Justiça. O imóvel e os carros teriam sido comprados com dinheiro do crime. Conforme Wendt, os policiais responderão ainda a um processo administrativo.
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