Polícia

Delegado detalha o que teria motivado jovem a planejar ataque a escola em Encruzilhada do Sul

Um jovem de 19 anos, suspeito de planejar um ataque a uma escola de Encruzilhada do Sul, foi preso preventivamente pela Polícia Civil na manhã desta terça-feira, 16. O cumprimento de mandado ocorreu na casa onde ele residia. O jovem liderava um grupo com mais três adolescentes que praticava pequenos furtos a estabelecimentos comerciais.

O objetivo era vender os bens furtados e usar o dinheiro para comprar armas, que seriam usadas para executar o ataque. O plano tinha como alvo três professoras e uma aluna. O jovem foi encaminhado ao presídio e irá responder por organização criminosa, corrupção de menores e furto qualificado.

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Em entrevista à Rádio Gazeta 107,9 FM, o delegado responsável pela investigação, Róbinson Palomínio, relatou que a Polícia Civil conseguiu os elementos para a prisão do suspeito por meio do depoimento de uma vice-diretora da escola. “Ela compareceu à delegacia na semana passada e denunciou o caso a partir da revelação do plano do ataque por um dos adolescentes”.

A partir da denúncia, a Polícia Civil iniciou a investigação para identificar os autores, apreendeu os celulares dos envolvidos e obteve os conteúdos que comprovam o plano de ataque. Conforme o delegado, os três adolescentes foram ouvidos separadamente e confirmaram que participavam do grupo criminoso, com a finalidade de praticar furtos na cidade.

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“Em determinado momento o suspeito criou um grupo no WhatsApp e disse que os bens furtados seriam vendidos e com o dinheiro comprariam uma arma de fogo para matar três professoras e uma aluna. Foi nesse momento que os adolescentes discordaram do jovem de 19 anos, não queriam participar desse tipo de crime”. Ainda de acordo com o delegado, o suspeito ameaçou os adolescentes dizendo a eles que não poderiam sair do grupo ou contar sobre o plano a outras pessoas. Os quatro envolvidos eram alunos da escola e não tinham antecedentes policiais por esses crimes.

Motivos

Em depoimento, os três adolescentes disseram que sabiam alguns dos motivos pelos quais o jovem escolheu as vítimas. “No caso da aluna, ela não quis ter um relacionamento com o suspeito. Já uma das professoras teria xingado a turma inteira e ele acabou ficando com esse sentimento tão negativo por ela. E quanto às outras duas professoras não sabemos os motivos”, disse o delegado.

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Ainda conforme os adolescentes, o suspeito falava sobre esse tipo de plano frequentemente. “Hoje, no momento da prisão, o jovem disse que as mensagens foram escritas no WhatsApp porque o ‘diabo mandou’ e, depois, que não praticou o crime porque ‘Jesus pediu’ para ele não fazê-lo. Ele usou os adolescentes, muitas vezes, como marionetes para poder chegar ao objetivo que tinha em mente. Ele assumiu que tinha todo esse plano”, relatou o delegado.

Medidas após o crime

Róbinson Palomínio destacou a importância da denúncia nestes casos. “A gente não pode esperar que o pior aconteça para depois investigar. Evitar que isso aconteça é a maior vitória que se pode ter”. Segundo ele, o objetivo é ir até a escola e promover uma palestra, até mesmo com mais pessoas da Polícia Civil para orientar os adolescentes nesse tipo de caso, seja como testemunha, seja como vítima. Além disso, também falar sobre bullying e outros problemas que podem surgir e levar a esses ataques.

“Não queremos criar nenhum medo no município, embora essa prisão automaticamente gere medo em muitas pessoas, principalmente os pais. Não queremos causar esse terror social. Queremos que as pessoas denunciem”, ressaltou.

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Carina Weber

Carina Hörbe Weber, de 37 anos, é natural de Cachoeira do Sul. É formada em Jornalismo pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) e mestre em Desenvolvimento Regional pela mesma instituição. Iniciou carreira profissional em Cachoeira do Sul com experiência em assessoria de comunicação em um clube da cidade e na produção e apresentação de programas em emissora de rádio local, durante a graduação. Após formada, se dedicou à Academia por dois anos em curso de Mestrado como bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Teve a oportunidade de exercitar a docência em estágio proporcionado pelo curso. Após a conclusão do Mestrado retornou ao mercado de trabalho. Por dez anos atuou como assessora de comunicação em uma organização sindical. No ofício desempenhou várias funções, dentre elas: produção de textos, apresentação e produção de programa de rádio, produção de textos e alimentação de conteúdo de site institucional, protocolos e comunicação interna. Há dois anos trabalha como repórter multimídia na Gazeta Grupo de Comunicações, tendo a oportunidade de produzir e apresentar programa em vídeo diário.

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