Pelos próximos 15 dias, a Policia Civil do Rio Grande do Sul passa a adotar a portaria 46, de 2020, que determina restrição no atendimento ao público nas delegacias. Com isso, quem procurar a Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) para o registro terá que informar pelo interfone o tipo de ocorrência para receber orientação de um servidor. Casos considerados “menos relevantes” não serão atendidos.
A recomendação é que os cidadãos façam os boletins pelo site delegaciaonline.rs.gov.br. Nele, as pessoas podem registrar casos de ameaça, perturbação e danos, entre outros. “São providencias protetivas. Vamos fazer registro de ocorrência, com acesso ao cidadão, apenas para casos graves, como roubos, homicídios e violência doméstica contra a mulher”, explicou o delegado regional de Polícia do Vale do Rio Pardo, Luciano Menezes. Ele ressalta que as investigações da polícia continuam. “Por precaução, alguns depoimentos serão tomados por telefone, para restringir o contato.”
Menezes comentou que na manhã dessa terça-feira, 17, uma viatura foi a Porto Alegre buscar álcool gel. “Estamos providenciando máscaras e luvas para que os policiais continuem cumprindo as atividades de campo. Não iremos reduzir nosso trabalho policial, mas quem vai à rua, vai com cautela”, disse.
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Após estes 15 dias, a Polícia Civil fará uma avaliação das medidas tomadas, para decidir se mantém a restrição ou volta a liberar o acesso ao público. “Que venham à delegacia somente pessoas com casos graves, com urgência no atendimento.” O delegado ainda revelou que cerca de 50% dos registros feitos na DPPA não interferem no trabalho diário dos policiais. Ele projetou que, com a restrição, aproximadamente 200 pessoas deixarão de circular por dia pelo prédio da delegacia.
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Boletim online e reforço
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A delegacia online é uma ferramenta da Polícia Civil que visa facilitar o acesso a todos os cidadãos, via internet. “A ocorrência é chancelada e o sistema envia direto para a delegacia onde o fato será investigado. Não há perda de tempo e tem o mesmo valor. Porém, por uma questão cultural, as pessoas ainda preferem vir até a DPPA, esperar e sair com o documento embaixo do braço”, comentou Menezes.
A Polícia Civil também adotou uma outra política, para o caso de ser necessário reforçar as atuações do Estado contra o coronavírus: suspender as férias dos servidores momentaneamente. “Aqueles que entrariam em férias, não vão mais. Aqui no prédio temos quatro pessoas, inclusive uma delegada, que tiveram as férias suspensas por tempo indeterminado. É uma precaução do Estado. Estamos fazendo a nossa parte, esperamos passar o quanto antes por este período”, ressaltou Luciano Menezes.
O delegado regional ainda esclareceu que, até este momento, nenhum servidor apresentou sintomas do coronavírus. “Se isto vier a acontecer, iremos isolar este policial.”
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