Faz algum tempo que venho refletindo sobre uma questão que me angustia como cidadão. O que será do nosso trânsito, nas ruas de Santa Cruz do Sul, daqui a cinco, dez anos? Acompanho o esforço da Administração Municipal para tentar corrigir gargalos e dar fluidez ao tráfego. Novos semáforos, inversão ou restrição no fluxo de algumas ruas, todas as medidas são válidas.
Mas, na mesma proporção em que se planeja e implanta iniciativas em busca de soluções, aumenta a frota que circula pelas ruas. E por mais bem traçadas e até largas que sejam, elas não vão comportar, em futuro muito próximo, esse crescimento no fluxo.
Não sou engenheiro de trânsito, mas tenho algumas convicções: a cada dia novos condutores estarão se habilitando e mais veículos vão se agregar à frota e engessar ainda mais as ruas. E se hoje, apesar do estacionamento que deveria ser rotativo, achar uma vaga já é uma loteria, muito em breve, nem pagando se achará um espaço vago.
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Tenho três sugestões.
Preciso falar de uma experiência pessoal. Ficamos durante mês e meio hospedados em uma casa e, por óbvio, nos adequamos ao sistema e à logística daquele ambiente familiar. Ao longo de sete semanas fomos às compras com os anfitriões duas vezes: a um shopping, para achar sugestões (que não tínhamos) de presentes para o Dia das Mães e para presentear alguns aniversariantes do mês, e em uma casa de carnes para escolher cortes especiais para a ocasião.
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Todas as demais compras (e serviços) se efetivaram pelo meio digital: móveis, eletrodomésticos, utensílios para a casa, supermercado, açougue, banco, farmácia, lanche, imagine o que você quiser. Os anfitriões só tiravam o carro da garagem para ir a alguma consulta médica ou a uma reunião presencial intransferível.
Me convenci, acho que é esse o nosso caminho. Sei que não é tão simples, que é cultural a predileção pelo ambiente físico e, por isso, resistimos a mudanças. Mas não tem saída, vai ser o nosso futuro. Nós, consumidores, e todos os que nos ofertam serviços e produtos, temos que encurtar distâncias e reduzir obstáculos.
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Por que torrar combustível e congestionar ruas se podemos resolver nossas demandas a partir de um aplicativo no celular? E, de preferência, junto a um fornecedor próximo, que conhecemos, em quem confiamos e que nos assegure uma entrega ágil.
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