Um dos inúmeros registros gravados em vídeo sobre o caso de injúria discriminatória que chocou Santa Cruz do Sul no final da última semana pode ser usado pela defesa da vítima para colocar Rejane Maus novamente atrás das grades. O garçom Renato Santos, o Renatinho, de 32 anos, funcionário do Santomé Bar e Restaurante, foi ofendido na sexta-feira, 2, com termos racistas proferidos pela mulher, de 58 anos.
Mesmo diante do flagrante da Brigada Militar e da homologação da prisão pela Polícia Civil, o Poder Judiciário concedeu o direito de liberdade provisória à Rejane. Ela deu entrada no presídio às 19 horas de sexta-feira e saiu às 17h02 de sábado, 3. No entanto, em entrevista à Gazeta do Sul durante o ato contra o racismo realizado na tarde dessa quarta-feira, 7, a advogada Ana Amélia Casotti, que representa Renatinho, falou sobre o andamento do processo e revelou duas medidas que a defesa deve tomar nesses próximos dias.
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“Estávamos em contato com a delegada para encerrar o inquérito, e ajudamos na produção da prova. Assim que finalizar esse procedimento policial, estamos verificando a possibilidade de a acusada retornar à prisão, em razão da ameaça de morte que ela fez ao Renatinho”, disse ela à Gazeta. Ana Amélia se refere ao vídeo gravado pelo garçom do Santomé dentro da viatura da Brigada Militar, no trajeto dele e da acusada até a delegacia.
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Na imagem, é possível ver Rejane proferir, dentre outras ofensas, uma ameaça: “Tu vai ver se eu não te mato”. “Também, vamos ajuizar de prontidão um pedido de dano moral, que é uma das primeiras pendências a serem resolvidas”, complementou a advogada. O processo do caso tramitará na 2ª Vara Criminal de Santa Cruz do Sul. O Ministério Público aguarda a conclusão do inquérito pela 1ª Delegacia de Polícia (1ª DP) para se manifestar sobre o caso.
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