O temporal que deixou um rastro de destruição no Vale do Rio Pardo e em várias outras regiões do Rio Grande do Sul na noite de terça-feira, 16, também atingiu com força total o interior de Santa Cruz do Sul. Destelhamento de casas e galpões, queda de árvores e postes e outras avarias ainda estão sendo contabilizadas pela Defesa Civil do município. Confira os dados até o momento:
A prefeita de Santa Cruz do Sul, Helena Hermany, convocou na manhã desta sexta-feira, 19, uma reunião com representantes da Defesa Civil e secretarias municipais de Obras e Infraestrutura, de Agricultura, de Habitação e Regularização Fundiária e subprefeituras para tratar do atendimento às comunidades fortemente afetadas.
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Devido à falta de energia elétrica, enfrentam situação crítica de desabastecimento de água os distritos de Boa Vista, Monte Alverne, São Martinho e Alto Paredão e as localidades de Linha Brasil, Felipe Nery, Linha Justo Rangel e parte de Cerro Alegre Baixo.
Caminhões pipa da prefeitura estão efetuando o atendimento às famílias e a prefeita solicitou também o suporte do Corpo de Bombeiros, que confirmou o envio de um veículo com capacidade para 20 mil litros de água a fim de encher os reservatórios.
“Também estamos verificando a possibilidade de comprar e alugar geradores para restabelecer a energia elétrica nessas comunidades e por consequência o abastecimento de água”, afirmou a prefeita Helena Hermany.
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Segundo o secretário municipal de Segurança e Mobilidade Urbana, José Osmar Ipê da Silva, as equipes estão mobilizadas e empenhadas para atender o interior. “Foram muitos estragos, os subprefeitos ainda estão fazendo os levantamentos para quantificarmos os danos e a relação das famílias afetadas. Tão logo tenhamos esses relatórios em mãos vamos proceder à aquisição, principalmente de telhas e lonas para fornecer às subprefeituras”.
Também a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social fará o envio de roupas para que as subprefeituras providenciem o repasse às famílias que necessitarem.
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O Departamento Municipal das Redes Hídricas (Demurh), da Secretaria de Meio Ambiente, Saneamento e Sustentabilidade (Semass), está trabalhando em ritmo intenso para atender as famílias do interior de Santa Cruz do Sul que estão sem água em virtude do temporal.
Nesta sexta-feira, uma frota de cinco caminhões-pipa – três da Prefeitura, um do Corpo de Bombeiros e outro do 7º Batalhão de Infantaria Blindado (BIB) – trabalhou durante todo o dia para abastecer as comunidades atingidas. A localidade de Alto Paredão, que estava há mais tempo desassistida, recebeu atenção especial da força-tarefa.
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Conforme o coordenador do Demurh, José Luiz Habekost Zambarda, a região teve toda sua rede elétrica devastada, o que impede os motores de bombearem água dos poços artesianos para as propriedades. Além disso, desde a ocorrência da intempérie, o grupo mantém o fornecimento de água o Hospital de Monte Alverne, o posto de saúde e a casa geriátrica de Monte Alverne.
De acordo com Zambarda, a partir deste sábado, 20, os caminhões-pipa começarão a atender também mais uma área de Alto Paredão, além das regiões de Monte Alverne, Júlio de Castilhos, Linha Brasil e Justo Rangel. Ele estima em ao menos 180 famílias atingidas pela falta de água nessas áreas. O trabalho de abastecimento também prosseguirá no domingo. Na região de Boa Vista, já houve o retorno da energia elétrica, com a reativação dos motores que permitirá a normalização do abastecimento.
Somente nesta sexta-feira, foram entregues cerca de 60 mil litros de água, o que somado ao que já foi distribuído durante a semana, ultrapassa a marca dos 100 mil litros. O representante da Prefeitura agradeceu o apoio do Corpo de Bombeiros e do 7º BIB na execução da atividade de socorro às comunidades sem água.
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Durante a tarde desta sexta-feira, a prefeita Helena Hermany interrompeu a agenda em seu gabinete para percorrer as localidades do interior mais atingidas pelo temporal de terça-feira e verificar in loco a extensão dos danos. Durante o percurso, acompanhada dos secretários Edmar Hermany e Décio Hochscheidt, e do subprefeito de Monte Alverne, Mauri Frantz, ela fez inúmeras paradas para conferir de perto os estragos nas estradas e também nas propriedades.
Além de conversar com os moradores e ouvir os relatos da comunidade, a prefeita se prontificou a prestar todo o auxílio possível até que se restabeleça a normalidade. “Sabemos que para muitas famílias a situação é simplesmente desoladora, por isto estamos aqui prestando apoio e mobilizando esforços para atender as demandas o mais rápido possível”.
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A casa de Neli Reuter, em Linha Brasil, foi uma das mais destruídas pelo vendaval. “Corri para baixo da mesa pois começaram a cair todas as telhas. Tenho 70 anos e nunca havia passado por uma situação tão tensa como essa. Perdemos toda a área externa da residência, não sobrou nada”.
Outra imagem impactante era da destruição na Cabana Schneiders, em Linha Júlio de Castilhos. A cobertura se deslocou totalmente da estrutura do local, tradicional ponto de quermesses e reuniões festivas da comunidade. O proprietário, Elio Schneiders, estava desolado. “Foi um estrondo enorme. Não tem mais como ajeitar isso aqui”.
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