Programado para acontecer nesta sexta-feira, 25, em Venâncio Aires, o julgamento do jogador de futebol William Cavalheiro Ribeiro, de 31 anos, foi cancelado pelo juiz João Francisco Goulart Borges. Ele acolheu o pedido da defesa que apresentou um atestado médico que recomendava “repouso ao réu que manteve contato com pessoas infectadas pela Covid-19”. Dessa forma, uma nova data será marcada para o júri popular. William Ribeiro é acusado de tentativa de homicídio qualificado.
A qualificadora – dispositivo que pode ampliar a pena – foi elencada pelo motivo fútil. O crime pelo qual ele será julgado aconteceu na noite de 4 de outubro de 2021. William atuava pelo São Paulo de Rio Grande em partida contra o Guarani, no Estádio Edmundo Feix, válida pela 12ª rodada da Divisão de Acesso do Campeonato Gaúcho.
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Aos 14 minutos do segundo tempo, a equipe de Venâncio vencia por 1 a 0. Após ser advertido com um cartão amarelo, William desferiu um soco na cara do árbitro da partida Rodrigo Crivellaro. Na sequência, já com a vítima caída no chão, chutou a cabeça dela. Crivellaro sofreu fratura nas vértebras, teve de usar colete cervical, fazer fisioterapia, ficar 90 dias afastado das atividades profissionais e só voltou a apitar em 20 de abril de 2022.
O autor da denúncia é o promotor de Justiça Pedro Rui da Fontoura Porto. A acusação é de dolo eventual, ou seja, quando o agente assume o risco de matar. A tese é de que até o momento em que William deu um soco e derrubou o árbitro, era considerado crime de lesão corporal. Porém, quando chutou a vítima prostrada ao solo, ele assumiu o risco de matar, pois, segundo o promotor, sabia a força do chute e visou região letal do corpo da vítima.
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A pena para homicídio qualificado prevista no Código Penal é de 12 a 30 anos de reclusão. Quando o crime é tentado, poderá haver diminuição de um a dois terços em caso de condenação. A defesa de William é feita pelo advogado Fábio Gonçalves. O Judiciário ainda analisa o pedido de desaforamento do julgamento, pois a defesa quer levar o réu para ser julgado em Pelotas, cidade natal do jogador, e não em Venâncio, onde o fato aconteceu, pois sustenta que na Capital do Chimarrão ele “não teria um julgamento justo”.
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