A confirmação de dois focos do Aedes aegypti em Santa Cruz do Sul aumentou a preocupação da Prefeitura em combater o mosquito. A partir do decreto de emergência assinado pelo prefeito Telmo Kirst na quinta-feira, a equipe que trabalha contra a proliferação do transmissor da dengue, do zika e da febre chikungunya pode entrar em imóveis mesmo sem a permissão dos proprietários. A autorização consta na Medida Provisória editada pelo governo federal recentemente, que ainda permite o apoio de órgãos de segurança pública para o combate ao mosquito.

O secretário municipal de Saúde, Henrique Hermany, afirma que a entrada forçada nos locais ocorrerá somente em situações específicas. “Quando um foco do mosquito é localizado, um raio de aproximadamente 300 metros é isolado para a aplicação do larvicida. Com o decreto, se o proprietário de um imóvel que pertence àquela área não puder se fazer presente para a visita dos agentes de endemias, a equipe poderá chamar um chaveiro para entrar no local”, explica. Nesses casos, os agentes terão que elaborar um relatório sobre o motivo do ingresso, segundo Hermany. 

A entrada forçada valerá ainda em casos de denúncias de vizinhos – mesmo que não tenha sido encontrado foco nas proximidades – diante da ausência do dono. Já o uso de força policial, que em princípio contará com a Guarda Municipal, valerá nas situações em que os proprietários não permitirem o trabalho de agentes. Hermany frisa, porém, que esses recursos só serão utilizados em casos extremos e a integridade dos imóveis será respeitada. 

“Essas medidas dão mais poder à equipe. Estamos nos antecipando para evitar as doenças no município, ainda mais agora que foi confirmado um caso de zika no Estado. É um decreto de emergência, mas de caráter preventivo”, reforça o secretário. 

Para aumentar a efetividade do combate ao mosquito, a Secretaria de Saúde reforçará as ações em Santa Cruz. Na próxima quarta-feira, conforme Hermany, ele deve se reunir com a secretária de Educação, Jaqueline Marques, para definir iniciativas que serão desenvolvidas em escolas municipais já no começo do ano letivo. Além disso, na semana que vem serão discutidas as estratégias para o Dia D de combate ao Aedes aegypti, marcado para o sábado, 13.

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