Com pronunciamentos acalorados e troca de críticas entre vereadores, a discussão sobre a restrição a veículos de tração animal em Santa Cruz marcou a sessão dessa segunda-feira, 20, da Câmara. O estopim foi um projeto de Serginho Moraes (PTB) para revogar a proibição das carroças nos bairros, sob alegação de que isso causará um problema social. A medida está prevista em uma lei de 2016 e entraria em vigor daqui a três anos.

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Serginho também propôs a realização de uma audiência pública sobre o assunto, a pedido da Associação Tradicionalista Santa-Cruzense (ATS) e do Piquete Regional da OAB. Na tribuna, Bruna Molz (Republicanos), que defende a antecipação da proibição para seis meses e a implantação de um programa para substituir as carroças por bicicletas equipadas, cobrou duramente o fato de o requerimento da audiência não incluir entre os convidados o Ministério Público e a ONG Cavalo de Lata, que atua diretamente na causa. “Me provem que esses cavalos têm vacina de mormo e leptospirose. Me provem que são bem cuidados”, disparou a parlamentar, dirigindo-se a representantes das entidades que estavam nas galerias. Bruna alegou ainda que a lei já assegura o uso de tração para atividades do tradicionalismo.

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Diversos vereadores, porém, rebateram Bruna, alegando que os casos de maus-tratos são isolados. “Não adianta essas pessoas que trabalham certo, trabalham direitinho, pagarem pelos outros. Por que o pessoal do bairro não pode ter animal?”, questionou Serginho. Na mesma linha, Ilário Keller (PP) defendeu uma “legislação equilibrada” e afirmou que é preciso “penalizar quem comete maus-tratos” e não colocar em vigor uma proibição generalizada.

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