Sempre é bom voltar para casa, ao lar, onde cada um tem o seu aconchego, onde se sente bem. Pois é o que parece estar acontecendo com a migração populacional no País, ao verificarmos os primeiros dados do Censo Demográfico que a duras penas saiu em 2022, após adiamento de dois anos. Várias análises feitas sobre o assunto, ao lado de comparações com o censo anterior de 2010, demonstram que, além de fatos como o envelhecimento da população e a geração de menos filhos, está ocorrendo migração maior para cidades menores, de médio porte.

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Ficou evidenciada a redução de metrópoles e o crescimento de cidades médias brasileiras, como se observou também no Rio Grande do Sul, onde a capital Porto Alegre apresentou diminuição populacional nesse período de 12 anos (em 76 mil moradores), e sedes regionais, como a nossa Santa Cruz do Sul, tiveram crescimento, além de cidades litorâneas (Capão da Canoa e Tramandaí) e duas metropolitanas (Canoas e Cachoeirinha). Santa Cruz registrou o oitavo maior acréscimo de população no Estado (mais 22.561 habitantes), sendo a 14ª cidade mais populosa, mas colocada sempre entre as dez primeiras em índices econômicos e sociais.

Avaliações feitas indicam que se concretiza um fenômeno social de busca por maior qualidade de vida, em locais com menor aglomeração urbana, mas com boa estrutura de serviços e manutenção de espaços verdes. É bem isso que tenho observado com pessoas próximas que já andaram por cidades maiores e optaram por retornar à terra natal, que, mesmo tendo crescido, ainda preserva um ar de cidade mais tranquila, boa de se viver, atende às principais necessidades dos moradores e oferece um futuro interessante para si e seus filhos.

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Assim, parece que foi bem escolhido e reflete uma realidade o slogan vigente nos últimos anos em nosso município, ao proclamar que “viver aqui é bom demais”. Pessoalmente, inclusive já adotei há muitos anos o firme propósito de me fixar na cidade, quando apareceu a possibilidade de residir na Capital do Estado e foi possível conhecer outros centros urbanos no País, alguns até interessantes, mas a opção foi de ficar onde estava e gostava de estar. Além da proximidade com familiares, o local oferecia muito do que de bom existe na cidade grande e bem menos do que esta tem de ruim, o que desfez toda e qualquer dúvida.

Vejo muitos outros tomando essa decisão e fazendo a mesma opção, a confirmar o que o censo revelou. Da mesma forma, reiteram argumentos relacionados ao seu bem-estar e, por sua vez, vinculados à agitação menor, circulação ainda mais fácil, ambiente agradável e organizado com um verde ainda exuberante, mais segurança, maior facilidade de convívio e boa oferta de serviços em praticamente todas as áreas (saúde, educação, cultura, segurança, emprego, entre outras), além de se oferecer, em especial na e após a pandemia, o trabalho a distância.

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Orgulhoso de nossa cidade, cujas qualidades aprecio ainda mais caminhando por ela todos os dias, sem olvidar as melhorias sempre necessárias, posso reafirmar o bom sentimento de aqui morar e de acolher mais gente que volta ao aconchego ou aqui chega sem atropelo, a permitir uma expansão gradual que concilia o gostoso jeito de viver interior com boas doses de capital. Sejamos felizes e cuidemos muito bem de “nossa casa”, para manter essa boa qualidade de vida!

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