Polícia

De “taxista” a dono do prédio que seria usado pela Defensoria Pública: como era a vida de Dieike, preso em megaoperação

Dieike Andrigo de Mello foi um dos três principais alvos da megaoperação da Polícia Civil na manhã dessa terça-feira, 25, que mirava um grupo criminoso especializado em lavagem de dinheiro. Responsável pela prisão do principal alvo em solo venâncio-airense, o delegado regional Luciano Menezes saiu de um imóvel de luxo na Rua Félix da Cunha, região central da Capital do Chimarrão, com Dieike algemado para colocá-lo em uma viatura. O homem, de 38 anos, é filho de Osni Valdemir de Mello, conhecido como Sapo, apontado como líder do bando e também preso na ofensiva. Ele já havia sido investigado por crimes como tráfico de drogas, associação para o tráfico, lesão corporal e disparo de arma de fogo.

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Atualmente estava em liberdade, monitorado por tornozeleira eletrônica. Conforme a polícia, chamava a atenção que, mesmo com o equipamento de monitoramento tendo uma restrição de local, o homem se dizia taxista. Em virtude disso, podia circular por diversos pontos da cidade sem ter problema de sair de um perímetro estipulado.

“O engraçado disso é que nunca vi ele fazendo uma corrida sequer”, comentou o delegado Vinícius Lourenço de Assunção. Menezes ainda relembrou a ocorrência histórica de 2012, no interior de Candelária, quando ele, com ajuda de outros policiais, cavou para retirar os pacotes de cocaína escondidos no sítio que pertencia a Sapo e era usado como laboratório de refino e distribuição de drogas. Conforme o delegado regional, em 2013, um ano após a apreensão significativa, houve o surgimento da facção Os Manos, quando ocorreram vários homicídios de pessoas vinculadas a Sapo.

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Uma das descobertas mais inusitadas na investigação atual é que um imóvel seria alugado por Dieike e a esposa para ser a nova sede da Defensoria Pública de Venâncio Aires, instituição que tem a finalidade de prestar atendimento jurídico e gratuito a cidadãos necessitados.

“Depois que fizemos essa operação contra o chamado Sindicato do Crime e, posteriormente, prendemos o Sapo, os filhos dele, Dedê e Dieike, passaram a investir o dinheiro do tráfico no ramo imobiliário, em posto de combustíveis. Estavam até construindo o prédio que seria usado pela Defensoria Pública aqui de Venâncio Aires com uma empresa de construção de fachada”, revelou o delegado regional.

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Segundo a polícia, o imóvel localizado na zona central do município seria alugado ao valor mensal de R$ 6 mil. “Essa operação remete a uma investigação muito difícil de ser feita e quebra paradigmas no Vale do Rio Pardo, em especial porque os moradores de Venâncio sabiam que essas pessoas presas operavam no mundo da ilegalidade há bastante tempo.”

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