A arte expressa através da dança contemporânea nos palcos e também no circo é hoje o que dá sentido à vida de Adilso Machado da Silva, que divide sua rotina entre Brasil e Europa. Nascido em Sobradinho, ele tem 44 anos e é formado em Educação Física pela Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc). Antes de ganhar os palcos, viveu no Centro-Serra até 1995. Sua mãe, Orlandina Machado, é moradora de Sobradinho. Foi com o irmão Gilson Machado da Silva, também educador físico, que conheceu o mundo da arte através da dança.
Bailarino e coreógrafo, Adilso Silva está em uma temporada na Escócia, como diretor artístico da escola de Circo Aerial Edge, de Glasgow. Recentemente esteve em Valência, na Espanha, para uma residência artística com o trabalho solo na dança, chamado Desterrar, que repercutiu na imprensa local.
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Sua trajetória nas artes iniciou-se ao sair de Sobradinho, em meados de 1995, quando foi morar em Santa Maria, onde o irmão Gilson residia e desenvolvia trabalhos na área. Em entrevista ao jornal Gazeta da Serra, Adilso contou que deixou Sobradinho para estudar e jogar futebol, mas mudou os planos.
Morou até 2002 em Santa Maria e foi lá que iniciou na dança. Posteriormente se mudou para Porto Alegre, quando ingressou em uma companhia de dança a convite da bailarina e coreógrafa Eva Schul. Na Capital também trabalhou no Circo Teatro Girassol, até 2003, e retornou para Santa Maria com o objetivo de cursar Publicidade e Propaganda.
Foi nessa época que voltou aos palcos. Ele se inscreveu para uma audição do grupo de dança Cena 11, de Florianópolis. Foi selecionado em 2005, quando mudou-se para Santa Catarina, permanecendo nesse grupo por nove anos. Com a companhia, ele conheceu quase todo o Brasil em apresentações artísticas, e também fez muitas viagens para o exterior. Durante as idas à Europa, decidiu que queria ter uma vivência internacional. Em 2014 recebeu convite para dançar em Berlim, na Alemanha. Ficou fora do País até 2016, voltando depois para Florianópolis.
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Adilso Machado da Silva conta que seu calendário anual costuma incluir duas agendas para a Escócia, onde é diretor artístico. Além disso, é fundador da Circar Circo Escola e criador, fundador e diretor artístico do Grupo Circar Artes do Corpo – com base em Florianópolis – e tem projetos solo dentro da dança contemporânea.
O sobradinhense recorda que iniciou a carreira no estilo street dance, estudou ballet clássico e jazz, mas foi na dança contemporânea que encontrou as melhores oportunidades. Hoje busca desenvolver trabalhos que envolvam arte contemporânea, frisando que é preciso ter uma sensibilidade muito grande para saber o que está acontecendo no mundo para traduzir isso em movimento. Apesar de não trabalhar com a dança em um contexto folclórico, conta que carrega suas raízes gaúchas.
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Nesta temporada no exterior, Adilso permanece na Escócia e irá para Beirute, no Líbano, para ministrar um workshop. Em julho deve retornar ao Brasil, mas a nova temporada de trabalho na Europa está programada para o fim do ano. Nessa trajetória, conheceu muitos países, como Portugal, Espanha, Itália, Alemanha, Grécia, Líbano, Holanda, Escócia, Bélgica e França. Ao menos uma vez por ano, em meio à rotina dividida entre Brasil e Europa, regressa a Sobradinho.
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