No início do século passado, quando os automóveis eram raros e os deslocamentos precisavam ser feitos de carroça ou cavalo, os ônibus exerciam papel fundamental nas comunidades. Muitas dessas linhas resistiram ao tempo e, através de seus sucessores, continuam prestando serviços à população. O Expresso Sinimbu é um exemplo, pois tem raízes na antiga Empresa Fuerstenau, que nasceu há quase um século.
Com base em reportagem da Gazeta de maio de 1950, é possível reconstituir um pouco dessa história. Em 1923, Bernardo Fuerstenau abriu uma linha entre Sinimbu (então 4º Distrito) e a cidade de Santa Cruz. O serviço era executado por automóvel do tipo “bigode”, que levava três passageiros, uma ou duas vezes por semana. No ano seguinte, foi comprado um caminhãozinho com quatro bancos na carroceria (ônibus misto) e espaço para mercadorias. As viagens duravam duas horas.
Logo, foi adquirido um caminhão com cinco assentos e 20 lugares, e as viagens tornaram-se diárias. Com a adesão de Lindolfo e Alipio Fuerstenau, novos veículos foram comprados. Em maio de 1943, já sob o comando de Lindolfo Fuerstenau, foram adquiridos ônibus modernos, com carroceria de madeira (ou metal) e bancos estofados.
Publicidade
Em 1953, Lindolfo associa-se a Germano Winck e surge a Fuerstenau & Winck. Em 1972, ingressam no quadro social Nilo Winck e Nazário Fuerstenau. Em 1981, a família Kahmann (Hans e os filhos Ernani e Elstor) entra na sociedade e surge o nome definitivo: Expresso Sinimbu. Em 2008, os Winck deixam a sociedade e ela passa a ser administrada pelos Kahmann.
O Expresso Sinimbu é uma empresa moderna e registra a história a partir de 1953. Mas como sucessora da antiga Fuerstenau e da Fuerstenau & Winck, esse passado já beira um século. Atualmente, tem como único sócio e administrador o empresário Ernani Kahmann e atua também nos setores de fretamento e turismo.
LEIA MAIS COLUNAS DE ZÉ BOROWSKY
Publicidade
This website uses cookies.