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Contra ponto

De rir e de chorar

Seria interessante a “quebra” do sigilo telefônico e fiscal do presidente. E de ex-presidentes. De ministros do Supremo Tribunal Federal. E de deputados e senadores.
De juízes, promotores e advogados. Da Lava-Jato, por exemplo. E dos advogados “paraquedistas” de Adélio. Das reuniões na Petrobras. Da cinematográfica compra e venda da refinaria de Pasadena. Que ficou por isto mesmo!
E, gradualmente, de outros mais. A devassa seria uma festa indigesta. Quem atira “a primeira pedra”? Afinal, somos ou não somos a República do rabo-preso?

Com a liberação e a exibição do vídeo da tal reunião ministerial, o ministro Celso de Melo (STF) queria provar que Bolsonaro não está apto para a Academia Brasileira de Letras?
Que o ministro da falta de educação Weintraub é grosseiro e desbocado? Que o sinistro (ops, ministro) do Meio-Ambiente é insensível e oportunista?

Além de “mais lenha e gasolina na fogueira” das relações institucionais, o que produziu o ministro Celso? É inacreditável que não tenha percebido que não tinha nada específico e material a corroborar as denúncias de Moro.
Ou será que, ao contrário, em optando pela manutenção do sigilo da reunião, teria o ministro Celso ficado temeroso de ser acusado de proteger Bolsonaro?

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Todavia, o vídeo entrará para a história política como a maior sequência de palavrões já ditos por um presidente da República. Tragicomédia à parte, é irônico o momento em que Bolsonaro diz que é mais educado que o ministro da falta de educação.
Teria sido um elogio ao Weintraub? Me pareceu que foi inveja do presidente. Afinal, cada qual quer ser mais grosseiro que o outro. Até porque tem torcida. Comparando as partes, concluo que o presidente norte-americano Trump é um aprendiz.

A propósito de contribuição para a riqueza e diversidade da língua portuguesa, proponho a criação de uma Academia Brasileira de Letras Alternativa.
As cadeiras inaugurais seriam de Lula, Bolsonaro e Ciro Gomes, pela relevante contribuição à estética popular do palavrão, e de Dilma pela criatividade na elaboração de expressões e conceitos hipermodernos.
“In memoriam”, e pelo conjunto da obra, os patronos seriam o ex-presidente João Figueiredo (1918-1999) e a atriz Dercy Gonçalves (1907-2008).

Em tempos de minisséries televisivas, com certeza a Netflix comprará os direitos de transmissão das próximas reuniões ministeriais. Intrigas, traições, horror e teorias conspiratórias, são audiência e emoção garantidos. Não bastasse integrar a grade de programação de uma rede mundial, entraria uma grana extra nos cofres públicos. Assim, talvez, o “posto ipiranga” não precise aumentar impostos!

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