O amor pela gastronomia corre nas veias da família Glesse. Há 16 anos, mãe e filho mantêm um ponto de venda de lanches na Oktoberfest e não escondem o orgulho de trabalhar na Festa da Alegria, ano após ano, colecionando boas experiências. A história da família com a gastronomia começa, no entanto, antes mesmo que Eduardo João Glesse, hoje com 35 anos, fosse nascido.
Lá no início de 1985, depois de trabalhar em uma padaria e em uma loja de molduras, Rozura Maria Glesse decidiu abrir o próprio empreendimento junto ao esposo, Sérgio Aloisío Glesse. Logo após o nascimento do primeiro filho, Eduardo, então com oito meses, ela quis se dedicar à paixão que sempre nutriu no peito e empreendeu. Em uma pequena lancheria nas proximidades de uma escola, em Santa Cruz, deu início à trajetória que marcaria toda a família.
“Lembro bem que até a louça para a lancheria a gente comprou fiado, no extinto mercado Ebert”, relembra a matriarca da família. Depois de seis anos, decidiu expandir e criou uma pizzaria, em 1991. “Era meu sonho”. Assim, a família Glesse cresceu, o primeiro negócio fechou, e eles se mantiveram firmes e fortes na pizzaria.
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Em 2003, um novo desafio chegou: a família teve a oportunidade de montar um ponto na Festa da Alegria. Já aposentada, agora Rozura divide com o filho o negócio, que existe apenas para eventos, como a Oktoberfest, Enart e Expoagro. Nos últimos 16 anos, eles mantêm aceso o fogo que fundou o negócio da família.
“Eu adoro, porque desde que nasci eu vejo esse trabalho dos meus pais. Minha mãe brinca que eu quase nasci em uma lancheria”, comenta Eduardo. Hoje, ele trabalha como supervisor de frota, em um ramo completamente diferente, mas segue apaixonado pela comida, tanto quanto a mãe, que mesmo aposentada trabalha com o sobrinho, em uma lancheria da qual ele é dono.
Quando chega outubro, a alegria é genuína. Eduardo tira férias do trabalho e Rozura se prepara para os dias de muita diversão, enquanto prepara os lanches entre uma conversa e outra com os clientes. “Todo ano eu digo que vai ser o último de lancheria na Oktober, mas não consigo. Eu faço porque gosto mesmo. Eu gosto da festa, alegria, música, dança. Tudo me contagia, gosto de estar na muvuca”, diz a mãe.
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Já Eduardo mantém os pés no chão e no trabalho na área dos transportes. Mas não abandona o negócio da família. A Lancheria da Frida serve xis, cachorro-quente, torrada, prato típico, batata frita, picadão e bebidas. “Nem que seja uma vez por ano, eu participo deste legado deles”, comenta, sem abandonar completamente a ideia de montar uma lancheria física em algum ponto da cidade. “Talvez para o futuro.”
Neste meio-tempo, Rozura vai seguindo entre a chapa e os ingredientes, fazendo histórias que contará para os netos. Hoje, ela tem uma neta de 6 anos e um netinho de 1 ano e 1 mês. Ela constrói ano a ano o legado que deixará para eles e quer contar as histórias da família conforme vão ficando maiores. “Quem sabe um deles não toma gosto pela coisa”, brinca. É, quem sabe. Afinal, o amor pela gastronomia corre nas veias da família Glesse.
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