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Entrevista

De carregador de tacos a melhor golfista do Brasil: conheça a história do santa-cruzense Adilson da Silva

Foto: Rodrigo Assmann

Adilson da Silva: de carregador de tacos a melhor golfista do Brasil

Adilson foi o sexto brasileiro a chegar às finais de um torneio do Grand Slam e, em 2013, atingiu melhor posição em ranking mundial

Figura principal no Torneio Internacional de Golfe Temporada (TIGT), promovido em Santa Cruz do Sul no último fim de semana, Adilson da Silva, de 52 anos, precisou parar para fotos e vídeos com os participantes do evento que passavam pela base da JEB International Tobacco Company, instalada no buraco 13 do gramado do Santa Cruz Country Club. Santa-cruzense de nascimento, filho de um carpinteiro e uma faxineira que também trabalhava como safreira na antiga Souza Cruz, hoje British American Tobacco (BAT), Adilson é considerado por muitos o maior golfista brasileiro da história. Para corroborar com a afirmação, em 2013 atingiu a melhor colocação que um jogador brasileiro já alcançou no ranking mundial do golfe, na posição 213. E essa história começou no Santa Cruz Country Club.

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Em entrevista à Gazeta do Sul nesse sábado, relembrou a origem humilde. “Comecei como caddie (carregador de tacos) aqui, tive uma oportunidade, saí e tive uma chance no golfe. Conheci Andrew Robert Edmondson, que trabalhava em uma empresa de tabaco na época, e ele me deu essa chance”, comentou. Silva fez referência ao empresário inglês do ramo da produção de tabaco, que o levou para o Zimbábue, país com tradição no golfe, em 1991, onde morava.

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“Eu carregava os tacos pra ele quando ele vinha para Santa Cruz na época de comércio de tabaco. Ficamos muito amigos e ele perguntou se eu gostaria de ir, ver se eu tinha interesse, e eu fui”, disse ele, que sempre que pode vem à Santa Cruz visitar a família. “Na época que fui, não tínhamos muito, mas meus pais me deram a educação, que é o principal”, referiu ele, que estudou na Escola Estadual de Ensino Fundamental Gaspar Bartholomay.

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Adilson ficou no Zimbábue até 1994, quando se transferiu para a África do Sul, onde se profissionalizou e decidiu viver. Desde então, já ganhou mais de 30 torneios na modalidade, tendo em 2012 tornado-se o sexto brasileiro da história a chegar às finais de um torneio do Grand Slam do golfe. “Gostaria de vir mais seguido a Santa Cruz, mas tenho três filhos que estão na escola, então fica um pouco mais difícil”, explicou.

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“Precisamos de mais crianças jogando golfe”

Adilson da Silva participou dos Jogos Pan-Americanos de Toronto, em 2015, e dos Jogos Olímpicos de 2016 no Rio de Janeiro, onde deu a tacada que abriu a competição masculina em um momento histórico. Isso porque marcou a volta da modalidade ao evento após 112 anos de ausência – antes, só esteve presente em 1900, em Paris, e 1904, em Saint Louis.

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Teve a oportunidade de atuar com alguns dos melhores jogadores da história do golfe, como o espanhol Severiano Ballesteros. Ele espera que mais crianças santa-cruzenses possam se inspirar e virar jogadores de golfe. “Precisamos de mais crianças jogando. Eu tive a oportunidade, um pouco de sorte, e trabalhei muito duro. Se você se esforçar, será recompensado”, complementou. O torneio deste sábado foi promovido pelo Santa Cruz Country Club.

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Contou com mais de 20 países participantes e 210 jogadores do meio empresarial das principais indústrias fumageiras, marcando a abertura da safra. Adilson, que teve sua participação patrocinada pelo empresário Jay Edward Barker, proprietário da JEB International Tobacco Company, de Santa Cruz do Sul, fez uma jogada para cada equipe que passou pelo estande no buraco 13. A cada tacada próxima da de Silva no green (área do campo onde ficam os buracos), valia uma doação de R$ 50,00 que seria destinada a uma instituição de caridade a ser escolhida.

Torneio no Santa Cruz Country Club reuniu participantes de mais de 20 países no sábado | Foto: Rodrigo Assmann

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