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MÚSICA

De Barueri para o mundo: conheça um pouco da trajetória da banda CPM 22

Badauí, vocalista e compositor (centro), lidera a CPM 22, que vem a Santa Cruz no dia 2

Uma das grandes referências do hardcore nacional, a banda paulista CPM 22 vem para apresentar suas inúmeras credenciais no palco do auditório central da Unisc no domingo, dia 2 de julho. Esse espetáculo, assinado pela produtora Planet Shows, em parceria com a Unisc, em promoção da Rádio Gazeta FM 99,7, com apoio do Clube do Assinante Gazeta, permitirá ao público de Santa Cruz do Sul e da região apreciar grandes hits da música brasileira. E, claro, cantar junto, a plena voz!

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No setlist estão sucessos como Dias Atrás, O Mundo Dá Voltas, Um Minuto Para o Fim do Mundo e Regina Let’s Go. Com o timbre inconfundível do vocalista Fernando Badauí, que está à frente da banda desde o princípio. E isso é nada menos do que o século passado! Tudo começou em 1995, em Barueri, cidade da região metropolitana de São Paulo.

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Foi Badauí, nascido em 1976, na capital, quem arregimentou a turma que formaria o CPM, a primeira denominação. Influenciados pelo punk rock e pelo hardcore, logo começaram a conquistar fãs e a firmar sua marca na cena musical brasileira, o que se tornou definitivo com o lançamento do primeiro disco, em 2000, A Alguns Quilômetros de Lugar Nenhum.

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Na formação atual, além de Badauí, 47 anos, no vocal, a CPM 22 é integrada por Luciano Garcia (guitarra), Philippe Fargnoli (guitarra), Ali Zaher (baixo) e Daniel Siqueira (bateria). Na bagagem, dez álbuns (e um novo já a caminho, a ser lançado entre o final deste ano e o começo do próximo, devendo, assim, motivar de imediato uma nova turnê), cinco DVDs, shows com agenda lotada e presença em grandes festivais, como o Rock in Rio. E prêmios, muitos prêmios!, entre eles o Grammy Latino na categoria Melhor Álbum de Rock (por Cidade Cinza, de 2007).

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A respeito dessa trajetória, e sobre a vinda a Santa Cruz, Badauí conversou com a Gazeta do Sul, em entrevista exclusiva, nesses dias que antecederam a vinda à região no começo de julho.

Entrevista: Fernando Badauí – Vocalista da banda CPM 22

Badauí, vocalista e compositor da banda CPM 22
  • Magazine: A CPM22 está há quase três décadas na cena musical. Como é presenciar essa caminhada, ainda mais na condição de único integrante da formação original? Esse negócio de único integrante é relativo, né? Porque o Luciano entrou em 1999 na banda, que tinha quatro anos apenas, estava começando, e tinha só algumas demos gravadas. O Luciano [Garcia, guitarrista] está desde o primeiro disco independente, então o considero um membro da formação original. Original, digo, é quando já tinha uma identidade musical definida. Mas isso mostra que o CPM é uma unidade, uma força que independe de quem está na banda. Claro, o vocalista ali é a identidade maior, por conta da voz, das letras, mas também não é formada por meros desconhecidos, né? São membros que vieram de outras bandas também e são muito conhecidos no cenário do rock: Phil [Philip-pe Fargnoli, guitarrista] veio do Dead Fish e o Daniel [Siqueira, baterista] tocou no Garage Fuzz, bandas da mesma geração e influências. Ali [Zaher, baixista] também já tocou com o Phil no Reffer, a banda dele, e que, assim como todo mundo que passou, já teve uma história em outros grupos. Mas é isso: CPM é uma banda de muito tempo, são normais também as mudanças de formação. O que importa mesmo é a força e a seriedade no trabalho, mantendo a identidade sempre intacta.
  • Quando olhas para trás, o que representa esse legado que vocês construíram na MPB? É motivo de orgulho, né? Sempre disse isso, desde o começo da banda, que o foco principal, claro, além de fazer o que a gente gosta, de forma profissional, é também deixar esse legado. São muitas gravações, muitos discos (e vem mais um por aí), centenas de shows. Estou muito contente com essa trajetória. Acredito que estamos no melhor momento agora, inclusive. Pode ser meio clichê falar isso, mas não é. Nossa agenda está lotada, estamos completamente em paz dentro da banda, planejando o disco novo, numa conexão muito forte com nosso público. É motivo de orgulho fazer esse tipo de música no Brasil por tanto tempo.
  • Vocês estão com o novo disco anunciado para o segundo semestre. Em que estágio ele se encontra? O disco está bem legal, belas letras, os fãs estão gostando muito do resultado. A gente está em finalização da fase de pré-produção, e a partir de agosto vamos entrar no estúdio para gravar o disco, para tentar lançar ainda neste ano. Caso não dê, fica para o ano que vem, mas já estamos trabalhando forte nisso.
  • Foi um intervalo de seis anos desde Suor e Sacrifício, de 2017. O que a banda incorpora nesse tempo? A banda vem numa constante evolução, né? O Suor e Sacrifício já é um disco que me agradou bastante, com relação a sonoridade, letras, e todo o contexto do disco. Agora está um disco um pouco diferente, mas, cara, tá bem pegado. As letras estão legais. E é o primeiro disco dessa formação. Acho que a galera vai gostar bastante. Espero que curtam.
  • Que momento que entendes ter sido o mais marcante, o divisor de águas nessa trajetória? Teve grandes momentos, né? Teve a primeira década da banda de formação profissional, trabalhando muito forte com MTV, ganhando muitos prêmios, Grammy Latino também. Depois vieram muitas coisas, muitos festivais grandes, Rock in Rio. Nessa última década a gente tocou muito em festivais grandes, isso colocou a banda no patamar muito bom também, com relação a visibilidade e shows. E tem esse lance da formação também, né? Acho que a formação está muito coesa, muito entrosada, e isso vem se refletindo no dia a dia do grupo.
  • E as apresentações atuais pelo Brasil, incluindo a vinda a Santa Cruz, em julho. O que vocês estão buscando transmitir aos fãs e às novas gerações? A gente está naquela turnê ainda que não está relacionada a nenhum disco, é um show longo que tem músicas de todos os discos, sabe? É uma confraternização mesmo, e a galera vem gostando bastante. A gente tem uma espinha dorsal de setlist, mas vem variando aos poucos, dentro de todo contexto da banda, de todos os anos, e agora esperamos acabar o ano nessa turnê para começar a turnê do disco novo.
  • Como tem sido ao longo do tempo a relação com o Rio Grande do Sul? Como é tua relação, pessoalmente, com o Estado? O Rio Grande do Sul sempre acolheu a gente muito bem, desde o começo da banda. A gente tocou aí praticamente no Estado inteiro, então tem uma ligação muito forte com vocês. Temos muitos amigos espalhados pelo Estado, e o Rio Grande se identifica muito com o tipo de música que a gente faz. Acho que é por isso que ao longo de todos esses anos a gente sempre passa aí, em todas as turnês. Eu adoro isso e espero sempre tocar aí, sempre poder voltar com todas as turnês.
  • O que ainda esperas concretizar, ou ver concretizado, talvez a curto ou médio prazo, com a CPM22?O que espero é continuar com saúde, podendo ter essa troca com nosso público, porque é realmente uma carreira de muito orgulho a que a gente tem, e de grandes momentos, de muita satisfação pessoal e profissional. Espero é poder continuar por muito tempo fazendo isso que eu tanto amo. Valeu, abraço! Tamo junto!

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