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“Das ist mir Wurst!” – Para mim tanto faz

Quando algo nos é indiferente, costumamos dizer em alemão: Das ist mir Wurst! No Sul da Alemanha dizem Das ist mir Wurscht! Literalmente traduzindo: isto é linguiça para mim. Mas quando o assunto é linguiça não ficamos indiferentes.

Pois dificilmente acontece uma festa comunitária sem a presença da linguiça, não é mesmo? Preferencialmente defumada e cozida. Até elegemos um prato favorito: Cuca com linguiça. E como se não bastasse, fazemos cuca Streusel com linguiça. A propósito, na região do Saarland/Alemanha, servem torta com linguiça na Schützenfest – a festa de tiro ao alvo.

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Tanto a cuca quanto a linguiça são iguarias que, para cá, vieram na “mala” dos imigrantes. Digo “mala” porque muito se fala sobre os poucos bens materiais trazidos por eles. Pouco sobre os bens imateriais, como valores, conhecimentos, saberes, práticas, profissões e costumes que os acompanharam à nova Heimat.

Conhecimento acerca do prolongamento da vida útil de alimentos é um entre os muitos que os acompanharam, para além da bagagem material. Na Alemanha, por exemplo, o registro mais antigo sobre a existência da Bratwurst – um tipo de salsicha grelhada – data do século 11.

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Já durante a Idade Média houve uma aproximação e intensificação de parcerias entre estalagens e açougueiros, o que levou a um aperfeiçoamento no que se refere à feitura e diversidade das linguiças. Isso colaborou para que se transformasse num alimento muito difundido e apreciado.

Atualmente existe uma variedade imensa de linguiças em terra alemã. Também por aqui encontramos boa variedade. Por lá existem mais de 1,5 mil tipos de linguiça e mais de 500 tipos de pães. Isso, por si só, já demonstra a importância desses alimentos na vida dos alemães.

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Com o presente texto homenageio a Semana da Língua Alemã, criada em 2016 pelas embaixadas da Alemanha, Áustria, Bélgica, Luxemburgo e Suíça. Este ano será a oitava edição, a ter lugar entre 24 de maio e 9 de junho. As atividades estarão voltadas para quem quer conhecer e saber mais sobre a língua alemã e a cultura expressa pelo idioma.

A língua alemã também é patrimônio imensurável de minha região, como também de diversas outras. Tanto que é a segunda língua mais falada no Brasil. Nesse sentido, solenizo aqui o idioma, falando da linguiça – sua imensa variedade se reflete também nas expressões idiomáticas.

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A expressão, na verdade, é muito mais antiga. Já era utilizada na Idade Média. Era também muito usada pelos estudantes no século 19. Com ela se quer expressar que não importa de que ponto algo tem início, tudo terá, em algum momento, um fim, somente a linguiça tem dois. Ou seja: tudo passa.



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