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Das dunas aos diques: comitiva gaúcha conhece soluções de proteção contra desastres naturais

O terceiro dia da missão oficial aos Países Baixos foi dedicado a conhecer diferentes estratégias de adaptação climática, desde tecnologias inovadoras de proteção costeira até sistemas urbanos de prevenção a enchentes. A comitiva gaúcha iniciou o domingo, 23, visitando o Sand Engine, projeto que usa as forças da natureza para proteger o litoral, e encerrou o dia conhecendo a província de Zeeland, região que transformou a tragédia da enchente de 1953 em aprendizado. “Os neerlandeses mostram como é possível desenvolver uma nova relação com a água. Eles aprenderam a trabalhar com a natureza, não contra ela, seja na proteção do litoral ou na adaptação das cidades”, destacou o governador Eduardo Leite.

O projeto Sand Engine envolveu a deposição de 21,5 milhões de metros cúbicos de areia que, gradualmente, é distribuída ao longo da costa pelas próprias ondas, correntes e ventos. 

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À tarde, a comitiva visitou Middelburg, capital da província de Zeeland, onde conheceu o Molenwaterpark, um espaço urbano histórico que foi adaptado para prevenir alagamentos. O parque, reestruturado em 2018, combina preservação histórica com tecnologia moderna: possui um sistema de gestão de águas pluviais capaz de reter até 2 mil metros cúbicos de água durante chuvas intensas, equivalente a 100 mil barris. “Nossa cidade aprendeu com a tragédia de 1953 que precisamos estar sempre preparados. O Molenwaterpark é um case de como podemos adaptar espaços históricos para os desafios climáticos sem perder nossa identidade cultural”, destacou o vice-prefeito, Jeroen Louws, durante a recepção à comitiva.

Comitiva gaúcha visitou o Sand Engine, projeto que usa as forças da natureza para proteger o litoral – Foto: Mauricio Tonetto/Secom

A agenda incluiu ainda visitas ao Flood Museum, que preserva a memória da enchente de 1953, e ao Deltapark Neeltje Jans, onde está instalado o maior sistema de proteção contra tempestades do mundo. A estrutura é parte do Plano Delta, implementado após o desastre que causou o rompimento de 67 diques só em Zeeland. 

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As experiências conhecidas na missão servem como inspiração para o desenvolvimento do Plano Rio Grande, estratégia do governo estadual para reconstrução e adaptação após as enchentes que atingiram o estado em 2024.​​​​​​​​​​​​​​​​

A comitiva

Além do governador, participam da comitiva os secretários da Reconstrução Gaúcha, Pedro Capeluppi, e do Meio Ambiente e Infraestrutura, Marjorie Kauffmann, o chefe da Casa Militar e coordenador da Defesa Civil, Luciano Boeira, e o prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo.

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Ricardo Gais

Natural de Quarta Linha Nova Baixa, interior de Santa Cruz do Sul, Ricardo Luís Gais tem 26 anos. Antes de trabalhar na cidade, ajudou na colheita do tabaco da família. Seu primeiro emprego foi como recepcionista no Soder Hotel (2016-2019). Depois atuou como repositor de supermercado no Super Alegria (2019-2020). Entrou no ramo da comunicação em 2020. Em 2021, recebeu o prêmio Adjori/RS de Jornalismo - Menção Honrosa terceiro lugar - na categoria reportagem. Desde março de 2023, atua como jornalista multimídia na Gazeta Grupo de Comunicações, em Santa Cruz. Ricardo concluiu o Ensino Médio na Escola Estadual Ernesto Alves de Oliveira (2016) e ingressou no curso de Jornalismo em 2017/02 na Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc). Em 2022, migrou para o curso de Jornalismo EAD, no Centro Universitário Internacional (Uninter). A previsão de conclusão do curso é para o primeiro semestre de 2025.

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