O Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), vinculado à Secretaria dos Transportes (ST), avança em mais uma etapa para a preservação das pontes e viadutos do Rio Grande do Sul. A partir desta segunda-feira, 4, inicia uma nova série de vistorias no conjunto de 850 estruturas que estão sob jurisdição do órgão. “O foco principal é garantir a segurança de motoristas e pedestres, mas também queremos preservar as obras existentes, aumentando sua vida útil e evitando, sempre que possível, gastos desnecessários com novas construções”, explica o secretário dos transportes, Pedro Westphalen.
O trabalho é coordenado pela Superintendência de Obras de Arte Especiais (SOA) do Daer, que contratou uma empresa via pregão eletrônico por R$ 2,7 milhões. As atividades serão divididas em quatro regiões gaúchas: Norte, Sul, Leste e Oeste. As vistorias iniciam pelas pontes e viadutos que apresentam pior estado de conservação.
Segundo o diretor-geral do departamento, Rogério Uberti, os pontos que exigem maior atenção estão bem definidos graças ao Programa de Vistorias Expeditas. Ele foi elaborado pela SOA, com o apoio das 17 superintendências regionais da autarquia, entre 2014 e 2016. O resultado foi um raio-x das estruturas. “Com a conclusão do programa, houve melhoria na malha viária e permaneceram as vistorias constantes, especialmente em obras críticas e com idade avançada”, afirma Uberti. O diretor acredita que a vistoria cadastral – como é tecnicamente chamada essa modalidade de inspeção – complementa e amplifica as ações que vêm sendo realizadas pelo órgão.
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“Teremos técnicas e recursos que não estavam disponíveis, como drones e até a possibilidade de contratar mergulhadores. Será utilizado tudo o que for necessário”, acrescenta o dirigente. Para o superintendente da SOA, Ricardo Vuaden, avaliar as pontes e viadutos independentemente dos obstáculos existentes resultará em um panorama completo de cada obra, desde as fundações. O engenheiro civil diz que, além de ações de manutenção e melhorias, as informações levantadas podem resultar, inclusive, em mudanças nas classes das pontes e viadutos.
“Teremos dados geométricos sobre pontes do século passado, construídas numa época em que as características do trânsito eram totalmente distintas. Agora, por meio dessa atualização, saberemos as reais condições e teremos ferramentas para decidir o que deve ser feito em cada uma delas”, destaca.
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