O Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) vistoria desde novembro de 2014 pontes e viadutos em todo o Rio Grande do Sul. Dos 850 sob jurisdição da autarquia, a Superintendência de Obras de Artes Especiais (SOA) já avaliou 317. “Garantir a segurança é o nosso objetivo final. Por isso, estamos interditando estruturas com problemas”, informa o diretor-geral do Daer, Ricardo Moreira Nuñez. Entre as pontes interditadas preventivamente estão uma sobre o Arroio Morrinhos, na ERS-484, e outra sobre o Rio Capivari, na ERS-507.
Conforme Nuñez, os engenheiros responsáveis pelas 17 superintendências regionais da autarquia estão aptos a fazer avaliação prévia e comunicar a sede quando há suspeita de danos nas estruturas. Nesses casos, os especialistas se deslocam para vistoriar obras de arte que representam maior risco. Das 116 notificações recebidas desde o início do projeto, 30 apontaram a necessidade de intervenções nas pontes. “Conseguimos otimizar os diagnósticos porque não dependemos só dos engenheiros lotados em Porto Alegre. Graças àcolaboração dos superintendentes, o trabalho funciona muito bem”, diz o diretor-geral.
Nuñez conta que grande parte dos danos às obras de arte é causada pelo excesso de peso dos veículos. “Apesar de saberem onde podem transitar, muitas vezes os motoristas trafegam em locais proibidos e com sobrepeso”, frisa. Isso acontece no caso de caminhões bitrens, que chegam a ultrapassar 400% o peso permitido no trecho. A fiscalização é realizada pelo Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM), em conjunto com o Daer.
Mergulhadores
Para complementar a vistoria, o Daer finaliza edital que vai licitar o serviço de mergulhadores. Eles serão responsáveis por avaliar estruturas submersas das pontes e viadutos. “Não serão necessariamente engenheiros, mas profissionais capacitados a repassar as informações aos especialistas”, explica Nuñez.
Os recursos para o serviço são provenientes do Banco Mundial. Assim que o edital for finalizado pela autarquia, será encaminhado à Central de Licitações (Celic). “A licitação sai ainda neste ano e, devido ao trabalho que já começou, não precisaremos incluir a vistoria na parte superior das obras de arte especiais, economizando recursos públicos.”
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