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Estradas

Daer estudará abertura de nova rota na região

Uma luz no fim do túnel se reacendeu ontem na luta pela abertura de uma nova rota de ligação dos vales do Rio Pardo e do Taquari com a capital do Estado e o Porto de Rio Grande. O secretários estadual do Transportes, Pedro Westphalen, conheceu duas das três pontes sem o aterro de acesso, construídas há 20 anos, ao longo de quase dois quilômetros da ERS–244, entre Venâncio Aires e Vale Verde. Durante a visita, solicitou ao diretor-geral do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), Rogério Uberti, um levantamento de dados sobre o trajeto e a avaliaçao de custos para a execução de obras que viabilizem o tráfego pela estrada.

A visita ao trecho ocorreu após a audiência do secretário, em Porto Alegre, com uma comitiva de Venâncio Aires no fim de março para expor os problemas na ERS–244 e na ERS–422 (Venâncio Aires – Barros Cassal). O trecho sem asfalto entre Venâncio Aires e Vale Verde totaliza 17 quilômetros e a construção das obras de arte (pontes e galerias) ocorreu há duas décadas. No entanto, as pedras soltas, a poeira e os problemas decorrentes das chuvas causam transtornos para motoristas e moradores da região. A construção das três travessias em área pertencente ao município de Passo do Sobrado corresponde à primeira etapa das obras na estrada, que nunca foram concluídas.

O prefeito de Vale Verde, Gustavo Schuch, relatou ao secretário a importância da estrada, tanto para o escoamento da safra dos produtores ao longo do trecho como para a ligação com outras regiões. Diante das dificuldades financeiras do Estado, sugeriu no primeiro momento obras para viabilizar o trânsito, com o asfaltamento em etapa posterior. O prefeito de Venâncio Aires, Giovane Wickert, entregou ao secretário um relatório com o histórico dos serviços executados na estrada. “É uma obra importante não apenas para a ligação de Venâncio Aires a Vale Verde, mas uma rota alternativa para desafogar o trânsito pela BR–386 para quem pretende ir a Porto Alegre ou ao Porto de Rio Grande”, disse.

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O deputado estadual Edson Brum observou que o governador José Ivo Sartori ficou surpreso ao ver as pontes abandonadas ao sobrevoar o trecho de helicóptero há pouco tempo. O secretário Pedro Westphalen ressaltou que as pontes sem aterro de acesso são o símbolo da ineficiência do Estado. A manutenção da estrada hoje está sob a responsabilidade das prefeituras. Westphalen disse que a execução de obras para viabilizar o trânsito, principalmente a abertura da rodovia no trajeto projetado e onde hoje há lavouras, pode entrar na lista de prioridades se os estudos apontarem custo que possa ser incluído na programação orçamentária do Estado.

Estrada da Serra

Melhorias na manutenção da ERS–422, conhecida como Estrada da Serra, foram outra reivindicação dos líderes que participaram ontem do encontro com o secretário estadual do Transporte, Pedro Westphalen. O prefeito de Venâncio Aires, Giovane Wickert, frisou a importância da rodovia ao lembrar que antigamente era a estrada da produção, antes da construção da BR-386. Por isso, propôs a parceria do Município para avançar nas obras de asfaltamento em mais um trecho. Westphalen disse que o trecho deve ser incluído nos programas de manutenção e construção de rodovias do Estado. Observou que a realização de investimentos depende do êxito nas negociações da dívida do Estado com a União e da obtenção de financiamento internacional.

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Concessões rodoviárias

O secretário estadual do Transporte, Pedro Westphalen, disse que tomou conhecimento ontem da mobilização regional para a inclusão do trecho da RSC–287 no plano de concessões de rodovias estaduais. A publicação no marco regulatório ocorreu no dia 29 de março deste ano, no Diário Oficial do Estado, e estabelece as regras para repassar rodovias estaduais à iniciativa privada. O secretário disse que ainda não recebeu um documento oficial de líderes ou entidade representativa da região. No entanto, afirmou que todas as reivindicações serão avaliadas nos estudos.

O secretário ressaltou que o Rio Grande do Sul é o único estado que fez o marco regulatório. A partir dessa medida, o governo terá de fazer a descrição das melhorias e contrato para cada trecho concedido por meio de um Plano de Outorga (PO). O prazo de contrato será de 30 anos, prorrogáveis pelo mesmo período, e os vencedores serão os que oferecerem menores tarifas. Segundo Westphalen, haverá um amplo estudo e não existe prazo para definir os trechos que serão entregues à iniciativa privada.

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Secretário sugere binário no trevo do Kaempf

Os longos congestionamentos em horários de pico e o risco de acidentes no cruzamento da RSC-287 com a RSC-471 – o chamado trevo do Kaempf – poderiam ser solucionados com um binário, uma espécie de rótula, semelhante ao que já existe no trevo do Gaúcho Diesel, ali perto. Essa é a alternativa citada pelo secretário estadual de Transportes, Pedro Westphalen, entrevistado sobre o tema durante a visita de ontem a Venâncio Aires.

O debate acerta dos perigos no trevo do Kaempf ganhou força depois de um acidente fatal ocorrido na noite de terça-feira.Marlice Niedermeier Bubotz, de 50 anos, morreu após a colisão entre a Ipanema onde ela estava e um Siena. Três pessoas ficaram feridas.

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As reclamações são mais antigas. Há dois anos, os motoristas que utilizam o trevo – principalmente os moradores de Rio Pardinho e Sinimbu – reivindicam uma sinaleira, na esperança de solucionar o caos do trevo. Até mesmo um abaixo-assinado já foi encaminhado à Prefeitura e ao Estado. No início de março, uma comitiva foi visitar Westphalen. Na ocasião, o secretário estadual se comprometeu em verificar a possibilidade de autorizar que o Município instale uma sinaleira. Segundo o secretário de Transporte e Serviços Urbanos, Gerson Vargas, a colocação de um semáforo é considerada pela administração municipal uma opção para diminuir o número de colisões.

O trevo registra engarrafamentos no início da manhã, ao meio-dia, no começo e no final da tarde, quando os estudantes da Unisc do interior e de municípios vizinhos se deparam com o acesso totalmente parado. A estimativa do empresário e do líder comunitário de Rio Pardinho, Hardi Panke, é de que os motoristas aguardam mais de 20 minutos para atravessar no início da noite. “A situação é insustentável. Deve ser tomada uma posição urgente”, cobra Panke, um dos idealizadores da audiência de março com Westphalen.

Ontem, porém, o secretário de Transportes rechaçou a ideia de instalar um semáforo. Para ele, a sinaleira aumentaria o perigo, devido às curvas da 287 situadas acima do trevo. Argumentou que ela iria gerar congestionamento nessas curvas, causando o risco de colisões – hipoteticamente, caminhões carregados poderiam não frear a tempo diante do trânsito parado.  

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Já com o binário, no entender de Westphalen, haveria mais fluidez e segurança. Entretanto, um estudo ainda será feito pela Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) para definir se a alternativa é possível.

“Horrível”, define motorista

Morador de Linha Travessa, o vigilante Leandro Frozza, 39 anos, enfrenta o trevo do Kaempf diariamente – no início e no final da tarde. Ele utiliza o entroncamento há 13 anos e constata que, com o passar do tempo, a tranqueira aumenta cada vez mais. “A gente fica irritado porque o trânsito simplesmente não anda. É fila e mais fila. Horrível.”Frozza espera que uma atitude seja tomada logo “para evitar desastres”.

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