O Fórum de Santa Cruz do Sul recebeu nessa sexta-feira, 30, o curso anual de preparação para adoção, etapa essencial para a habilitação de interessados em adotar. Coordenada pelo Juizado Regional da Infância e Juventude, a atividade ofereceu aos participantes a oportunidade de refletir sobre o processo adotivo e conhecer melhor o sistema de acolhimento.

A juíza Lísia Dorneles Dal Osto, 44 anos, titular do juizado, destacou a importância da atividade como momento de troca de experiências e esclarecimento. “Esse curso é fundamental, pois proporciona espaço para reflexão e permite que os casais conheçam nossa equipe, compreendam como funciona o sistema e se sintam mais seguros sobre o processo de adoção”, explicou.

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Durante a atividade, são convidados casais que já adotaram, mães e pais solo, além de casais homoafetivos, para compartilhar suas experiências e lições aprendidas. “Queremos que os participantes manifestem sua vontade de maneira legítima e compatível com a realidade de suas vidas. A reflexão promovida aqui ajuda a assegurar que essa vontade seja verdadeira e bem fundamentada”, ressaltou.

O curso é etapa importante para aqueles que estão em processo de habilitação para adoção e é realizado uma vez por ano. Embora seja presencial, devido ao engajamento da equipe técnica e à interação direta com os participantes, há a opção de participação online para outras comarcas. Para aqueles interessados em participar do processo de adoção, o fórum oferece orientação sobre como fazer e se envolver. “O processo é simples. O que a lei exige é um compromisso fiel com a adoção, pois é um encontro de vidas”, destacou a Juíza. Ela também observou a necessidade de maior engajamento no apadrinhamento afetivo, especialmente para jovens acolhidos que precisam de orientação e apoio contínuo.

Segundo Lísia, a procura por adoção em Santa Cruz mantém constância, mas a duração do processo pode variar, dependendo das circunstâncias de cada caso. “A adoção não deve ser vista apenas como forma de preencher um espaço; é essencial ter paciência e observar o vínculo estabelecido.”

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Apadrinhamento

A Juíza Lísia Dorneles Dal Osto comentou a baixa procura por apadrinhamento afetivo em Santa Cruz. Ela destacou a necessidade de mais apoio para os jovens acolhidos, que, muitas vezes, precisam de orientação adicional.  “O apadrinhamento é mais do que uma ação pontual; é um compromisso real e contínuo”, frisou Lísia. Essa ação é diferente de uma caridade, como no Natal, quando algumas pessoas entregam presentes para crianças ou adolescentes abrigados em instituições sociais. O apadrinhamento envolve afeto e incentivo.

Para mais informações sobre o processo de apadrinhamento, os interessados podem procurar o Fórum de Santa Cruz do Sul, no setor do Juizado da Infância e Juventude.

Para saber

Em Santa Cruz, atualmente, 15 crianças e adolescentes aguardam por adoção, e o total de pretendentes é de 56. Neste ano, 11 procedimentos já foram concluídos; cinco estão em andamento e sete crianças em aproximação com os adotantes. Nos últimos três anos, foram realizadas 31 adoções no município: nove em 2021, 12 em 2022 e dez em 2023.

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