A aproximação da primavera serve de alerta para um problema crônico que afeta muitas residências. Neste período, é possível sentir a presença dos cupins. Esses insetos, assim como muitos outros, costumam aparecer nas estações mais quentes. Na verdade, estão sempre presentes, mas a ação é mais percebida, porque costumam sair das estruturas que montam em móveis, portas e tudo que leve madeira ou celulose.

Essa saída da toca faz com que sejam notados os animais, além dos resíduos e grânulos uniformes, resultado do trabalho dessa pequena praga. Mas, assim como é pequeno, causa um grande estrago dentro de uma casa ou estabelecimento comercial. A eliminação não é fácil. O mais provável é fazer com que volte para o espaço em que os integrantes do grupo construíram o ninho. E não se trata de qualquer grupo. São milhões de indivíduos em cada colônia.

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O responsável técnico-agrícola do Sindicato dos Trabalhadores Agricultores Familiares de Santa Cruz do Sul (STR), Alexsandro Penna, aponta três possibilidades de produtos para utilização na tentativa de acabar com esse problema. Uma delas é em modelo de spray, tendo formulação à base de água, o que possibilita a aplicação no móvel, por exemplo, sem a necessidade de que a moradia seja esvaziada. Outra é a que utiliza o pincelamento. É possível passar o produto preventivo antes de envernizar ou mesmo após a pintura.

O mais comum, no entanto, é a adoção do tipo fumegante, que tem ampla penetração. Um dos mais tradicionais é o da marca gaúcha Jimo. “O modelo fumegante serve para o combate ao cupim, baratas, aranhas, pulgas, moscas e outros insetos”, afirma Penna. Diferentemente do spray, o que tem ação a partir da fumaça exige que moradores e animais, como cães e gatos, não fiquem em casa. A propósito dos pets, eles podem levar pulgas e outros insetos para o ambiente doméstico. Manter os cuidados preventivos é a indicação.  

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A orientação para o uso dos fumegantes é manter o ambiente totalmente fechado durante, no mínimo, oito horas. Depois disso, devem ser higienizados os materiais que serão utilizados na cozinha.

Também é importante avisar os vizinhos, porque fumaça pode sair da residência, passando a impressão de que está acontecendo um incêndio. O Corpo de Bombeiros também pode ser avisado. A empresa disponibiliza, na embalagem, um aviso para que seja afixado em local de fácil acesso.

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O ideal é sempre utilizar madeira previamente tratada, como forma de evitar que seja atacada pelos cupins. Isso, no entanto, não é um hábito entre os brasileiros.

Época da revoada

A revoada costuma ocorrer no período da primavera. É quando siriris ou aleluias caem, livram-se das asas e encontram locais apropriados para o acasalamento. Aproveitam para a instalação de novos cupinzeiros. Nem todos causam danos, mas alguns são bastante agressivos na fome por madeira ou celulose. É o caso do subterrâneo, mais danoso do que o cupim de madeira seca. Para ambos a tomada de medidas mais enérgicas pode representar a salvação de móveis, forros, rodapés, portais.

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Funções dos cupins na colônia

• Operários: são indivíduos estéreis, responsáveis pelos trabalhos da colônia, como construir o ninho, coletar alimentos, manter a limpeza, cuidar das ninfas, etc.
• Soldados: são machos e fêmeas estéreis que possuem cabeça e mandíbula maiores que as dos operários e patas muito fortes. São responsáveis pela defesa da colônia.
• Reis e rainhas: são organismos férteis, responsáveis pela reprodução no interior do cupinzeiro. Apresentam asas e são conhecidos popularmente como “aleluias”.
• Alados: são encarregados de formar uma nova colônia. São chamados popularmente de “aleluias” ou “siriris”, fase atraída pela luz, comumente presente nos meses de agosto e setembro.

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