Suspeito de esconder contas bancárias na Suíça e acusado de envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), recebeu na manhã desta quarta-feira, 21, o novo pedido de impeachment contra Dilma Rousseff. Assinada pelo ex-petista Hélio Bucudo e pelo jurista Miguel Reale Jr., a peça é chancelada pela oposição e tem entre os argumentos justamente os desvios na estatal.
O novo pedido de impeachment contempla também decretos assinados pelo governo em 2015 que aumentaram em R$ 800 milhões as despesas do Executivo sem autorização do Congresso. Os novos argumentos são uma forma de tentar provar que Dilma continuou a cometer neste ano irregularidades fiscais que levaram o Tribunal de Contas da União (TCU) a reprovar as contas de 2014 da presidente.
Mais uma vez, o presidente da Câmara abriu seu gabinete para 12 deputados do DEM, PSDB, PPS e SD para uma espécie de cerimônia de entrega dos documentos. Também estiveram presentes integrantes do Movimento Brasil Livre.
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“O PT notabilizou-se por ter dois ex-presidentes presos. A marca dele é a corrupção e o governo também tem esta marca”, afirmou o líder do PSDB, Carlos Sampaio (SP), que não compareceu à coletiva convocada. Na terça, 20, a oposição fez um tímido pedido de afastamento de Cunha da Presidência da Casa. Ao receber o pedido de impeachment de Dilma, o peemedebista afirmou que vai “processá-lo da forma mais célere possível” e que fará um “exame com total isenção”.
Mesmo após virem à tona documentos que ligam o nome de Cunha a contas secretas no exterior, líderes das principais bancadas de oposição e do governo continuam, nos bastidores, a dar suporte político para que o peemedebista permaneça no cargo.
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